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Lula diz chateado com Huck e pede para Ciro se reeducar e aprender a respeitar as pessoas

Foto: Divulgação

Em sua primeira entrevista após ter suas condenações anuladas e sido autorizado a disputar eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ser possível uma frente de esquerda para derrotar Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022, mas que é preciso paciência para discuti-la e construi-la nos próximos meses.

Lula falou sobre o tema ao enaltecer seu vice de 2003 a 2010, o empresário José Alencar. O petista também disse que ainda é cedo para pensar em candidatura própria do PT ou dos demais partidos de esquerda. “Vai ser bem pra frente que a gente vai discutir.”

O ex-presidente lembrou que o PT polariza nas eleições desde 1989, citando as disputas seguintes, e que isso deve ocorrer novamente em 2022 entre esquerda e direita -citando o presidente Bolsonaro.

Questionado, Lula respondeu às recentes críticas de seu ex-ministro Ciro Gomes (PDT), também pré-candidato ao Planalto. Segundo o petista, “Ciro precisa se reeducar e aprender a respeitar as pessoas”.

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O ex-presidente ainda se disse chateado com a declaração do apresentador Luciano Huck, segundo o qual o petista será uma figurinha carimbada nas eleições de 2022.

Ainda na entrevista, voltou a atacar a Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, responsáveis por suas condenações que o deixaram 580 dias na prisão entre abril de 2018 e novembro de 2019.

Lula disse que não pode levar a sério as manifestações recentes de clubes militares, mas admitiu sua preocupação com a postagem do general Eduardo Villas Bôas, em 2018, para pressionar o STF (Supremo Tribunal Federal) a mantê-lo preso. “Não é correto um comandante do Exército ter feito isso”.

Em recente livro, o general da reserva disse que a publicação de um tuíte em 2018 para pressionar a corte um dia antes do julgamento que levou à prisão do ex-presidente Lula (PT) foi elaborada por ele junto com “integrantes do Alto-Comando” das Forças Armadas.

Lula acabou tendo o pedido negado pelo plenário do Supremo e, no dia 7 de abril, foi preso e levado para Curitiba. Deixou a cadeia 580 dias depois, após o STF derrubar a regra que permitia prisão a partir da condenação em segunda instância.

Sobre as reações do mercado à sua candidatura, chamou isso de especulações, já que pretende priorizar o investimento produtivo e a geração de emprego, caso seja eleito presidente em 2022.

Fonte: Diário do Litoral