A Justiça determinou que o ex-deputado estadual Luciano Batista seja indiciado por posse ilegal de arma e lesão corporal culposa. A arma dele foi apreendida em junho de 2020, quando a Polícia Militar atendeu a ocorrência de uma menina de cinco anos, que foi atacada na orla da praia pelo pit bull de Batista. A defesa alega que, no momento adequado, serão apresentadas as razões que motivarão a absolvição dele.
O caso ocorreu em junho de 2020, na orla da praia do Itararé, em São Vicente. Após ser mordida na cabeça pelo cachorro do ex-deputado, a menina foi encaminhada ao Hospital Municipal, o antigo ‘Crei’, onde passou pelos primeiros atendimentos médicos.
A advogada Natália Bezan Xavier Lopes, que representa a família, explicou que a menina sofreu graves ferimentos no rosto e na mão esquerda, além de ter a cabeça dilacerada pelo cachorro. A cirurgia foi bem sucedida e a vítima recebeu alta posteriormente.
A Polícia Militar informou que apreendeu uma arma de fogo de posse do Batista, sendo que a pistola estava com registro vencido – desde 2011 – junto ao Sistema Nacional de Armas (Sinarm).
O Ministério Público apresentou uma denúncia em julho deste ano, que foi acolhida pela Justiça, o inquérito policial apontou que Batista caminhava com o cachorro apenas de coleira, sem enforcador e fucinheira, itens exigidos para cães da raça pit bull, conforme Decreto Estadual Nº 48.533. A defesa nega que o ex-deputado estava desprovido de enforcador.
A criança teve um dano estético extenso na região facial e já fez a primeira cirurgia plástica reparadora, com o intuito de remover a cicatriz hipertrófica que ficou como sequela do ataque. A menina ainda passará por outras cirurgias.
Fonte: G1 Santos