Desde da última sexta-feira (22), uma jovem de 17 anos está buscando atendimento médico, após o ressurgimento de um tumor maligno exposto na região pélvica. A adolescente, que mora em Praia Grande, na Baixada Santista, foi mandada de volta para casa. Segundo a mãe, os médicos informaram que ela não teria os critérios necessários para uma internação de urgência.
A paciente foi diagnosticada com rabdomiossarcoma embrionário. A condição já havia surgido em 2018, quando ela fez uma cirurgia de remoção e chegou a fazer tratamento oncológico. Em agosto deste ano, o tumor ressurgiu, internamente. Ela foi acompanhada com remédios e quimioterapia, e pela segunda vez a massa desapareceu.
Recentemente, o tumor surgiu pela terceira vez e prolapsou, ou seja, foi exposto para fora do corpo da jovem, na região pélvica. Desde então, ela vem utilizando fraldas e tem tido dificuldades para fazer suas necessidades fisiológicas. O plano de saúde da jovem está em período de carência para internações e outros atendimentos. Por conta disso, ela teve de recorrer ao sistema público de saúde.
A mãe da adolescente, foi à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos, tentando a internação da filha para, posteriormente, conseguir transferência para a unidade referência em atendimento oncológico na região, a Santa Casa. Lá, ela foi informada que só poderia ser internada em um hospital da cidade onde ela mora. Em Praia Grande, a mãe levou a adolescente ao Hospital Irmã Dulce, onde ela passou por consulta. Depois de horas aguardando pela liberação da internação, foi informada de que as duas deveriam voltar para casa.
Segundo a mãe, os médicos afirmaram que Geovana não apresenta indícios clínicos de internação de urgência e emergência. “Chamei até o Conselho Tutelar para pedir ajuda. A menina não pode ficar assim”, diz a mãe. A jovem precisa da internação municipal para ser transferida, via sistema Cross – Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde, para uma internação estadual, e assim passar pela cirurgia de remoção do tumor em um hospital referência.
Por nota, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), gestora do Hospital Municipal Irmã Dulce, informou que não conta com a especialidade de oncologia.
A Santa Casa de Santos informou, nesta quarta-feira (27), que a paciente Geovana Silva Lara tem consulta agendada para a próxima quarta-feira (3), no ambulatório de oncologia do SUS da instituição.
Fonte: G1 Santos