Há um mês, ocorreu o trágico falecimento de José Bezerra de Menezes e Luciana Bezerra, vítimas de envenenamento por gás em uma mansão localizada em Guarujá. Conforme as investigações conduzidas pelo delegado Fabiano Barbeiro, a causa do incidente foi identificada como sendo o desgaste e a ausência de manutenção em um componente de uma máquina, que deu origem ao vazamento de gás.
A investigação das mortes do empresário José Bezerra de Menezes e sua esposa, Luciana Bezerra, que foram vítimas de envenenamento por gás em sua mansão em Guarujá, no litoral de São Paulo, foi concluída pela Polícia Civil. Após a análise dos laudos periciais, a corporação identificou como causa do incidente apenas o desgaste e a falta de manutenção em um componente de uma máquina que deu início ao vazamento de gás.
Binho Bezerra, como era conhecido o empresário de 66 anos, e Luciana, de 62 anos, foram encontrados sem vida por seu filho, Rodrigo Passos Bezerra de Menezes, de 27 anos, em um dos quartos da mansão localizada em um condomínio de luxo. O vazamento de gás teve origem na ‘casa de máquinas’, situada dentro do imóvel, no cômodo adjacente.
O delegado Fabiano Barbeiro, titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, explicou que, após descartar a hipótese de crime, a perícia investigou o projeto da mansão em busca de falhas que pudessem ter contribuído para o acidente, mas essa possibilidade também foi eliminada.
De acordo com o delegado, a investigação se estendeu à avaliação de possíveis falhas no equipamento que originou o vazamento na ‘casa de máquinas’, mas não foram encontrados indícios de erro por parte da empresa fabricante.
A conclusão da investigação apontou para a falta de manutenção do cano como a causa raiz do incidente. Barbeiro ressaltou que, se houve algum erro, ele recaiu sobre o proprietário da residência, que teria negligenciado a devida atenção àquela parte do sistema. Não foi identificada nenhuma empresa responsável pelo ocorrido.
O delegado informou que, apesar do encerramento da investigação pela polícia, o inquérito do caso ainda será formalmente concluído nos próximos dias.
Em relação aos próximos passos, Fabiano Barbeiro mencionou que, após a finalização do inquérito, ele será encaminhado ao Ministério Público para análise. O promotor de Justiça poderá, caso concorde com as conclusões da investigação, arquivar o inquérito, considerando o caso como “não criminal”, já que não há um responsável direto pelas mortes.