Um homem, de 31 anos, foi picado por uma aranha-marrom (Loxosceles sp) enquanto dormia em Praia Grande, na Baixada Santista.
O garçom Wilker Guimarães contou ter levado a picada em 28 de dezembro, quando acordou por volta das 7h com uma dor na mão. Passado algum tempo, ele começou a sentir o dedo latejar e notou um pequeno corte no local.
O garçom procurou a UPA Samambaia, por três vezes. Na terceira vez, na UPA Central, ele contou a história e foi transferido para a UPA Quietude, onde recebeu o soro antiaracnídico. Ele terá o dedo indicador amputado porque o membro necrosou em decorrência do veneno da aranha.
As aranhas-marrons (Loxosceles sp) não são comuns no litoral paulista, mas no interior e capital. A espécie não é agressiva e não consegue picar humanos. Os acidentes acontecem quando a pessoa espreme a aranha contra o corpo, assim ocorrendo a inoculação [introdução] da peçonha.
O recomendado é buscar atendimento médico caso seja picado por qualquer aranha. Ressaltando que a ação causada pela peçonha demora a mostrar os primeiros sintomas nos seres humanos.
Um estudo conduzido no Hospital Vital Brazil, do Instituto Butantan, publicado na revista PLOS Neglected Tropical Diseases, comprovou que o soro antiaracnídico é capaz de reduzir o risco de necrose na pele, causada pelo veneno da aranha-marrom, principalmente se aplicado nas primeiras 48h após o acidente. A necrose no local da picada é uma das manifestações mais comuns do envenenamento.
Dicas para evitar acidentes com aranhas em casa:
- Sempre olhar roupas antes de vestir e toalhas antes de se secar;
- Bater os calçados para ver se não há nenhuma dentro;
- Evitar deixar o lençol e cobertas da cama encostando no chão, que elas podem usar para subir na cama;
- Vedar vãos de portas e janelas e buracos na parede casa.
Fonte: G1 Santos