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Pais denunciam sucessão de erros em atendimento que terminou com morte do filho.

Benício Xavier, de 6 anos, morreu após receber uma dose incorreta de adrenalina na veia no Hospital Santa Júlia, em Manaus. O menino chegou ao local com tosse seca e febre, suspeita de laringite — condição normalmente tratada com adrenalina por inalação. Porém, a médica responsável, Juliana Brasil Santos, prescreveu adrenalina pura, não diluída, aplicada diretamente na veia, totalizando 9 mg, uma dose muito superior e usada apenas em situações extremas, como paradas cardiorrespiratórias.
A técnica de enfermagem Raíza Bentes, com apenas sete meses de experiência, aplicou o medicamento conforme a prescrição, apesar de estranhar a via intravenosa. Logo após receber a medicação, Benício apresentou palidez, dor no peito e dificuldade respiratória. Ele foi levado à sala de emergência, depois à UTI, sofreu seis paradas cardíacas e não resistiu.
Mensagens da própria médica mostram que ela admitiu o erro na prescrição. A polícia investiga falhas em várias etapas: ausência de dupla checagem, possível falha na intubação e falta de revisão da prescrição por um farmacêutico. O Conselho Regional de Farmácia afirma que a superdose teria sido identificada se houvesse conferência adequada. A técnica de enfermagem foi suspensa e responde em liberdade; a médica conseguiu habeas corpus para não ser presa e alega que o sistema eletrônico teria trocado a via de administração — afirmação negada pelo hospital.
O Hospital Santa Júlia afastou a médica e afirma trabalhar em um plano de ações para evitar novos erros. A família fala em “sucessão de falhas” e vive o luto pela perda do filho único, que faria 7 anos no Natal.

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Fonte: CNN Brasil