Uma mulher de 43 anos estava passeando com seu cachorro em Praia Grande, localizada no litoral de São Paulo, quando foi surpreendida por um criminoso que apontou uma arma para seu rosto. O assaltante conseguiu levar um celular avaliado em R$ 7 mil.
Ivailza Vieira, em entrevista à reportagem, explicou que estava enfrentando uma crise de ansiedade quando decidiu sair de casa com seu cachorro Nick, da raça Shih-tzu, em busca de acalmar seus nervos.
Ela relatou que o assalto ocorreu enquanto tentava afastar Nick de um portão onde havia outros cachorros. Em um breve momento de distração, o ladrão surgiu montado em uma bicicleta, apontando uma arma em sua direção.
De acordo com Ivailza, o assaltante a abordou com a seguinte frase: “Perdeu, passa o celular”. Ela afirmou não ter reagido, mas entrou em pânico durante o incidente. “Eu estava com dificuldade para respirar e meu foco estava no meu cachorro”, disse ela, preocupada com o bem-estar do animal.
Com sua crise de ansiedade se agravando e sem saber como reagir, Ivailza permaneceu imóvel até que o criminoso perguntou: “Está me tirando, tio?”
Nesse momento, com a arma apontada para sua cabeça, ela gritou desesperadamente: “Não me mate, eu sou mãe de família”. Ivailza entregou seu celular, mas admitiu que, por um instante, temeu ser baleada.
Ela acredita que seu grito desesperado a salvou, pois um morador próximo saiu para ver o que estava acontecendo, assustando o assaltante, que fugiu levando o celular da vítima.
Após o assalto, Ivailza imediatamente ligou para a Polícia Civil e forneceu informações sobre o criminoso. Ela tentou registrar um Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia, mas sua condição de saúde se deteriorou, e ela precisou ser levada ao hospital.
Além do choque emocional, Ivailza mencionou que tem seis parafusos e quatro placas em sua coluna, o que a impediu de fugir como gostaria após o incidente.
A vítima também compartilhou que ainda faltam seis prestações para quitar o celular roubado. No entanto, o maior impacto foi o trauma emocional. “Sinto um medo constante. Não consigo ver ninguém de bicicleta sem pensar que é ele, mesmo quando estou no carro com meu marido. É um trauma muito profundo. Nunca mais sairei sozinha”, disse ela.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que o caso foi registrado como roubo na Central de Polícia Judiciária (CPJ) da Praia Grande.
Fonte: G1