O Padre Feliciano Arrastia Martinez morreu na tarde desta quarta-feira (28). Conhecido como o padre que mais batizou em São Vicente, ele estava internado desde o dia 21 de fevereiro, no Hospital Casa de Saúde, em Santos, na Baixada Santista. A causa foi uma broncopneumonia bacteriana.
O Padre Feliciano nasceu no dia 25 de janeiro de 1938, na província de Navarro, Espanha. Se formou em teologia em Granada, no sul da Espanha, e foi ordenado sacerdote em 9 de julho de 1961.
Da Espanha, Padre Feliciano veio direto para São Paulo, onde passou dois anos estudando e se adaptando ao novo país. Transferiu-se para a Diocese de Santos em 1975, logo se tornando padre incardinado de Santos.
Na Diocese, foi vigário na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Santos, primeiro Pároco da Paróquia São Pedro “O Pescador”, e Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, ambas em São Vicente. Na última, atuou por 31 anos até se tornar pároco emérito e ir morar na Residência Sacerdotal.
A missa exequial presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Tarcísio Scaramussa, SDB, será às 14h. Após a celebração, o corpo será sepultado no Memorial Necrópole Ecumênica de Santos, Av. Dr. Nilo Peçanha, 50, Marapé.
Quem é católico e mora em São Vicente, provavelmente conheceu o padre Feliciano. Fundador da Paróquia São Pedro “O Pescador”, no Itararé, e pároco por mais de 28 anos da igreja Nossa Senhora das Graças, na Vila Valença. Em uma entrevista em 2019, Feliciano garantiu, ser o padre que mais batizou no município.
“O padre que mais batizou em São Vicente fui eu”, disse, na ocasião da entrevista. Feliciano revelou que em apenas um domingo, quando ainda era pároco da igreja “O Pescador”, batizou 102 pessoas. “O bispo me puxou a orelha”, brincou. O feito fez parte de um desafio auto instituído. “Fiz isso como um desafio, tinha dois padres italianos aqui e eles começaram a falar que minha igreja era de crente. ‘De raiva’ eu comecei a batizar todo mundo lá”, brincou novamente.
Apesar de ter certeza que foi quem mais batizou no município, o pároco confessou não ter ideia dos números. “Depois de mim foi o padre Júlio e o padre Paulo, que era famoso, mas não batizava muito”, afirmou. “Nunca pensei nos números, mas eu ando na rua e todo mundo fala ‘bença padre Feliciano’ e dizem que batizei o filho deles, que casaram na minha igreja”, concluiu.
Fonte: Diário do Litoral