O governo vai utilizar inteligência artificial (IA) para fazer um pente-fino no programa Bolsa Família e, assim, pagar o benefício apenas às pessoas que realmente tenham direito. A medida foi anunciada pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.
Dias destacou que cerca de 2% das famílias cadastradas no programa não se encaixam nos critérios. Ele afirmou que o objetivo é chegar a 100% de eficiência.
“A gente normalmente trabalhava com o CNIS, o cadastro do emprego, trabalhava com a renda declarada, as informações dos municípios, agora não, nós vamos ter mais de 1,3 pentabytes de informações em sistema de cruzamento e esse cruzamento com inteligência que permite alcançar ali informações precisas sobre quem é de alguma forma não está cumprindo a regra e está recebendo”, informou Dias.
O plano anual da rede federal de fiscalização prevê oito ações a serem realizadas pela rede, entre elas, a elaboração de uma proposta para melhorar da qualidade da base de dados e atualização e unificação do fluxo de denúncias do programa bolsa família e do Cadúnico.
O programa também apresenta 5 diretrizes gerais do plano de ação, são elas:
- Não criminalização da pobreza;
- Evolução do cruzamento de dados e ampliação das bases;
- Ações estruturantes de combate a fraudes, inclusive cibernéticas;
- Estruturação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nos estados e municípios;
- e Transparência e comunicação com a sociedade
O ministro disse ainda que, em 2022, ano eleitoral, houve um aumento no número de fraudes, por isso, o governo pretende evitar problemas por meio da prevenção.
“Não esperar primeiro ter a fraude para depois descobrir. Nós queremos evitar antes do primeiro pagamento. Essa que é a eficiência que queremos alcançar no Cadastro Único e, ainda, em todos os sistemas de proteção social, proteção especializada, que tem no Brasil. […] Há uma rede federal de fiscalização do Bolsa Família e quem se atrever a fraudar vai pagar”, afirmou Dias.
O plano ainda prevê a criação de dois grupos de trabalho, um para redução de litigiosidade, que trata sobre mediação e conciliação de conflitos, e outro para elaborar uma proposta para aplicação de recursos federais no Cadúnico.
Fonte: EXTRA