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Homem que matou esposa e forjou o suicídio dela é solto em Santos, SP

Foto: Reprodução

Emilio Carlos Alves Ramos, suspeito de matar a esposa por estrangulamento e forjar o suicídio dela no apartamento onde eles moravam, em Santos, na Baixada santista, foi solto para responder pelo processo em liberdade após decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). Na sentença, o juiz determinou também que ele vá a júri popular.

Camila Indame Ramos, de 39 anos, foi dada como morta por suicídio na tarde de 16 de abril de 2022. Porém, meses após o crime, a Polícia Civil descobriu que Emílio Carlos Alves Ramos assassinou a esposa. Ramos foi preso em 6 de junho do ano passado e teve a prisão convertida para preventiva em julho do mesmo ano.

Na sentença de 3 de maio, o juiz Alexandre Betini revogou a prisão preventiva anteriormente decretada e concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade, sob a condição de comparecer sempre que for intimado e não ausentar-se da comarca onde reside por mais de 8 dias.

“Com relação à manutenção da prisão do acusado, entendo que não há motivos para sua custódia cautelar. Não há nenhum indício que aponte que, se solto, tentará se ausentar para não se submeter a eventual decreto condenatório, notadamente porque possui residência fixa e ocupação lícita”, disse o juiz.

Betini afirmou que não há informações de que Ramos tenha tentado intimidar qualquer testemunha ou circunstâncias que justifiquem a manutenção da prisão preventiva. O juiz decidiu, também, que o suspeito seja submetido a julgamento em júri popular.

“A instrução processual chegou ao fim, as provas foram colhidas e o trâmite natural da causa demanda tempo até que seja realizado o julgamento. […] O mérito da causa há de ser analisado pelos jurados, juízes naturais da causa, a quem compete decidir definitivamente sobre a existência ou não de responsabilidade do acusado no evento que levou à morte da vítima”, disse o juiz.

O caso ocorreu em abril de 2022. A morte de Camila Indame Ramos, de 39 anos, foi constatada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que foi acionado ao apartamento onde ela morava com o marido, de 40 anos, na Avenida Ana Costa, na Vila Mathias, em Santos.

Segundo o boletim de ocorrência, registrado na época como morte suspeita, a vítima estava na sala do apartamento com um pano enrolado no pescoço.

O marido informou à polícia que havia saído para trabalhar, passou a conversar com a esposa por aplicativo de mensagem, mas, em decorrência do trabalho, não conseguiu visualizar o celular e no término do expediente percebeu que a esposa não havia enviado mensagem.

De acordo com ele, ao chegar em casa, deparou-se com o corpo da vítima caído de bruços sobre o chão com um pano enrolado no pescoço e, imediatamente, empreendeu esforços para retirar o pano e tentou realizar manobras cardíacas, que não tiveram sucesso. Ele informou na ocasião que a mulher apresentava um quadro depressivo e fazia uso do medicamento zolpidem.

Fonte: G1 Santos