Nayara Alves Meng, de 28 anos, morreu na última quarta-feira (19), no Hospital dos Estivadores, em Santos (SP), após quase três meses internada por complicações causadas por uma superbactéria no pulmão.
Segundo a irmã, Talita Leôncio Meng, os problemas começaram em abril, quando Nayara passou a apresentar tosse intensa, febre e dificuldade para respirar. Ela procurou atendimento em unidades de saúde de São Vicente e Praia Grande, onde recebeu diferentes diagnósticos, incluindo princípio de pneumonia e suspeita de tuberculose. Após diversas idas e vindas aos hospitais e uso contínuo de antibióticos, o quadro piorou.
Em junho, uma tomografia apontou um abscesso no pulmão, mas uma biópsia chegou a ser descartada. A jovem passou por drenagens que trouxeram melhora temporária, porém voltou a piorar dias depois. Já em Santos, na UPA Central, ficou internada por dez dias até ser transferida ao Hospital dos Estivadores, onde iniciou tratamento intensivo. Exames detectaram uma bactéria que evoluiu para superbactéria, resistente aos medicamentos usados anteriormente. Nayara foi entubada em 15 de novembro, sofreu três paradas cardíacas e morreu após a última reanimação.
A família afirma que, embora a superbactéria tenha sido a causa da morte, o uso de vape e narguilé desde 2021 pode ter fragilizado o pulmão da jovem. Em outubro, já internada, Nayara usou as redes sociais para alertar sobre os riscos do cigarro eletrônico, relatando dificuldade para respirar e danos ao pulmão. Talita também critica o que considera falhas no atendimento médico em São Vicente e Praia Grande, alegando diagnósticos tardios e uso de antibióticos inadequados, que teriam contribuído para o agravamento da infecção.
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Fonte: G1
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