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Após se recuperar da covid-19 mãe do cantor Yudi desabafa: ’12 dias vendo a morte’

Foto: ilustrativa

O cantor santista Yudi Tamashiro fez um vídeo junto de sua mãe e publicou as imagens em suas redes sociais nesta semana para celebrar a recuperação de Tânia Tamashiro após ela ter sido internada para se tratar depois de ter contraído Covid-19. O artista realizou uma campanha na internet e pediu orações para a mãe, que chegou a ficar em estado crítico, mas agora já retornou para casa e fez um longo desabafo sobre o medo da doença que a deixou acamada.

Além de Tânia, o pai de Yudi também foi internado, mas ainda não voltou para casa devido a complicações e segue sendo observado de perto pelas equipes de médicos. Durante o vídeo postado pelo cantor, que tem pouco menos de 15 minutos e que já foi assistido por mais de um milhão de internautas, Tânia chora e revela que passou momentos de terror devido à patologia.

“Eu fiz questão de fazer um vídeo falando que eu venci a Covid-19. Tenho que falar um testemunho forte da minha vida, porque as pessoas estão vivendo esse momento de pandemia, de sofrimento, de dor. Só que as pessoas não conseguem mensurar e nem imaginar o que é a Covid para cada ser humano. Cada um sente de uma forma. O meu filho já teve, passou mal e foi parar no hospital. Não divulgamos. Mas ele teve em janeiro, passou mal, ficou isolado e Deus restaurou. Cada pessoa tem uma forma de sentir a Covid. A minha filha, de 24 anos, teve também mas de maneira totalmente assintomática”, explica a mãe de Yudi.

Ao longo da publicação, ela e o filho reforçaram pedidos já feitos ao longo de mais de um ano por especialistas e autoridades sanitárias. Eles também pedem que as pessoas sigam orando, mas dessa vez pelo pai do cantor, que segue internado.

“Infelizmente, o meu marido, o meu Nelson adorado, está na UTI e, até agora, intubado, vivendo só nas máquinas. Deu uma parada cardíaca nele, uma parada nos rins. Eu sou testemunha do que é a Covid no corpo de uma pessoa. Eu passei doze dias no hospital vendo a morte de perto. É muito triste ter uma coisa andando dentro do seu organismo sem saber explicar o que é. As pessoas perguntam o que você está sentindo, qual é a dor e você não sabe dizer. Não tem fôlego para falar qual é a dor, o que sente. Porque o maior de tudo é o pavor. O pavor do desconhecido. É o pavor de estar dentro de um hospital e saber que seus dois únicos filhos estão aqui fora te esperando. Esperando porque estão sozinhos porque estão sem eu e sem o pai, cada um em um hospital. É muito difícil”.

“Tenham temor. Eu sei que muitos brasileiros têm que trabalhar, pegar ônibus, pegar filas e estar na rua, mas façam com sabedoria. Façam uso de máscara, usem álcool em gel, tentem se prevenir o máximo possível. É uma coisa horrível, uma doença horrorosa que ninguém merece passar”, finaliza dona Tânia.

Fonte: Diário do Litoral