Políticos se posicionam após compra de mobílias para Câmara de São Vicente

A Câmara de Vereadores de São Vicente (SP) foi alvo de um escândalo envolvendo um investimento de 882 mil reais em cadeiras e sofás para o plenário. A denúncia dos gastos ditos ‘desnecessários’ por internautas, ocorreu nesta quinta-feira (15), nas redes sociais.

O Presidente da Câmara, Prof. Thiago Alexandre (DEM), se posicionou na manhã deste sábado (17). No vídeo publicado pelo presidente, é relatado que o projeto já existia na gestão anterior, e que o processo de licitação demora cerca de um ano para entrar em vigor.

Thiago revela que apoia a reforma da Câmara. “Em janeiro demos andamento ao processo da mobília e da reforma também, hoje nós temos problemas estruturais dentro da câmara, te convido a visitar a câmara de São Vicente e em seguida visitar as câmaras de outras cidades”.

De acordo com o político, o valor totalitário existente no documento licitatório não será gasto, e convidou comerciantes da cidade a participarem do processo de licitação. “Dia 27 haverá a licitação, peço a você comerciante da cidade que vá participar da licitação”.

Jefferson Cezarolli, líder de governo na Câmara, se posicionou contrário à aquisição do material. “Essa é uma decisão que não havia sido tomada por mim, é um ato da presidência da Câmara. Um valor significativo que poderia ser utilizado no combate ao Coivd-19”, por exemplo.

Entenda o pregão

O pregão para a aquisição de bens e serviços comuns acontecerá no dia 27 de abril. Licitantes interessados em oferecer os produtos à Câmara disputarão o processo por meio de propostas e lances em sessão pública.

A empresa que conseguir oferecer uma proposta com o menor valor de custo ganhará a licitação para oferecer o mobiliário. A presidência da Câmara esclarece que o valor estimado a ser desembolsado será de R$ 882.550,87, valor referente a uma cotação, a partir da média de preços de mercado.

Dentre os móveis requisitados, estão cadeiras avaliadas em R$ 5 mil, mesas, paredes de deck e sofás. O Legislativo afirma que a compra deve-se à necessidade de trocar os equipamento do prédio público, que estão deteriorados.

Conforme o edital, mais de R$ 500 mil foram estimados apenas para a compra de 240 poltronas de auditório. Outros itens, como cadeiras em couro ecológico e cadeiras com braços reguláveis também são citados.

Esse tipo de licitação não é votado por vereadores. A iniciativa parte da Mesa Diretora da Câmara, e é avaliada pelo presidente.