Gestão mais inclusiva e transparente será cobrada do próximo governo, diz membro de coletivo.
O último trimestre é o período de apresentação dos planos financeiros para o próximo ano em São Vicente, no litoral de São Paulo. Em época de corrida eleitoral no município, o setor artístico se organiza para exigir melhor administração das verbas destinadas à cultura.
“Pensam que cultura em São Vicente é só a Encenação, uma vez por ano”, diz o músico e membro do coletivo Movimento Amplo Cultural de São Vicente (MAC SV), Ricardo Baraquet. “Nada contra o evento, mas investir um milhão de reais todos os anos, logo em janeiro? Consome um terço do orçamento de uma vez só, e pouco sobra para dividir a outras atividades”.
O músico explica que o setor artístico vem se unindo e se fortalecendo para pedir melhorias à próxima gestão. “Gostaríamos de ver a revitalização do Mercado Municipal, por exemplo. Abrir espaço lá para feiras de economia criativa solidária, para os artesãos poderem expor seus trabalhos. Ouvir mais o povo – que é o verdadeiro usuário da cultura no município –, abrindo espaço para os jovens, investindo em arte, mesmo”.
Baraquet lembra, ainda, a necessidade de espaços culturais em bairros como Cidade Náutica, Jóquei Clube e Esplanada dos Barreiros, além de toda a Área Continental. “É só formalizar um plano conjunto entre as pastas. Os recursos podem ser otimizados, oferecendo inúmeras atividades. Educação, cultura, saúde, esportes, meio ambiente, turismo… Tudo isso deveria andar junto, visando o bem do vicentino”.
Equipamentos culturais
Ano passado, a população da Área Continental ganhou a Estação Cidadania Cultura, no bairro Humaitá, com quadra poliesportiva coberta, pistas de skate e caminhada, playground e aparelhos de ginástica. Há, também, uma biblioteca, um telecentro com computadores e um cineteatro com 60 lugares para peças de teatro e sessões de cinema.
Na Área Insular, as opções culturais são as mesmas há 20 anos. Os museus incluem a Casa Martim Afonso e Instituto Histórico e Geográfico. Há, também, o Parque Ecológico Voturuá, com a Casa da Cultura Afro-Brasileira, e nas proximidades da Igreja Matriz, no Centro, o Parque Cultural Vila de São Vicente e o reformado Espaço Multicultural 22 de Janeiro (antigo Cine 3D).
Texto: G1/Santos