O mais novo prefeito de São Vicente afirma que já planeja uma força-tarefa para sua primeira semana de mandato com o objetivo de enfrentar as enchentes. Kayo Amado (Podemos) reafirmou o desejo de transformar a cidade em um local que será visitado por turistas o ano inteiro e que deverá ser o ponto de partida para uma geração de empregos maior dentro do próprio município.
O prefeito afirmou que o primeiro e segundo turno das Eleições 2020 foram conturbados e de pouco tempo para “respirar”, mas afirmou que ficou feliz com o resultado final e já começou seu planejamento para as primeiras ações que deverá executar assim que o dia 1º de janeiro de 2021 se iniciar.
“Essa eleição foi uma eleição muito difícil. Quatro anos atrás nós quase chegamos e por menos de 800 votos não fomos ao segundo turno, e eu sempre digo que ‘tudo vai no tempo de Deus’. Ao mesmo tempo em que Deus me deu essa derrota ele me deu a oportunidade para poder andar por cada cantinho dessa cidade para conversar com especialistas, falar com as pessoas. Nem tudo na vida é vitória, a gente cai pra levantar e sair mais forte”, explica.
O primeiro passo de Amado na chefia da Administração Municipal deverá ser o de ajudar a população a enfrentar as tempestades e chuvas que sempre se iniciam em janeiro.
“Eu vejo janeiro começando e quem é da cidade sabe que janeiro é a temporada de chuvas e deixa todo mundo extremamente angustiado por causa das enchentes. É um mês em que o povo vicentino sofre e a gente precisa amenizar esse sofrimento criando uma força tarefa para cuidar desta rede de drenagem da cidade. Não é algo simples e que vai ser resolvido da noite pro dia. Precisamos de investimentos, tempo, cronograma, conscientização ambiental da população, é um conjunto de fatores, mas uma força tarefa para janeiro é mais do que necessária”, explica Kayo.
Outra das maiores preocupações do prefeito de São Vicente está na geração de emprego dentro do próprio município. Apesar da Prefeitura acumular dívidas e viver um momento delicado devido aos efeitos gerados pela pandemia do novo coronavírus, que já matou quase 500 pessoas apenas na cidade, Amado explica que aposta na força histórica da primeira vila do País para poder fazer a roda econômica voltar a girar no município.
“Se tivesse tudo fácil, se fosse fácil, eu talvez me interessasse em seguir outro caminho. Os problemas, as coisas difíceis do governo, da política, foram que me fizeram transformar a minha vida e caminhar para este desafio. Se o cenário não é bom, se as dificuldades estão presentes que a gente possa enfrentar sempre com muita transparência, seriedade, para mostrar ao vicentino que estamos usando bem o recurso público e comunicar bem sobre o que está acontecendo no governo porque o povo é seu parceiro, nunca seu adversário”.
“Eu acredito muito no desenvolvimento da cidade. Eu vejo um potencial incrível em São Vicente, é a primeira vila do país, com todo respeito, é um lugar que todo brasileiro deveria conhecer e deveria visitar o ano inteiro e não só para vir às praias. Para vir conhecer a história de onde se originou o Brasil e isso nós vamos construir. Erguendo isso, se gera empregos, desenvolvimento, eu acredito nisso e vamos ter um time muito bom para que possa abrir as portas dos Governos Estadual e Federal para qualificar a cidade. Vai gerar serviço, mais comércio, vai fortalecer o centro comercial que já é muito forte e vai criar rotas turísticas interessantes o ano todo. A partir disso, a cidade vai gerar mais emprego, renda, vai ter um orçamento melhor para conseguir ter a oportunidade de ter serviços públicos melhor”.
A transparência também é outro ponto destacado pelo novo prefeito. Kayo explica que sua administração municipal terá a obrigação de manter os vicentinos informados sobre como o orçamento da cidade está sendo gerido e afirma que o crescimento do interesse do público na política nos últimos anos consolida a necessidade de manter o público informado sobre como as arrecadações de impostos e outras taxas estão sendo utilizadas.
“Mais do que dizer ‘sim’ ou ‘não’, é ser transparente, mostrar os porquês. Muitas vezes o que o povo recosa é da prestação de contas, da clareza, saber do ‘por que isso acontece’ ou ‘quando isso acontece’, não se trata de sim ou não, mas clareza, explicar para as pessoas, afinal ela contribui com o imposto e o que ela quer é viver bem, ser feliz, ter qualidade de vida e para isso precisam ter atendimento de saúde perto de casa, segurança ao andar pelas ruas e emprego perto de onde moram”, finaliza.
Reportagem: Diário do Litoral