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Pulseira para identificar casos suspeitos e confirmados de Covid-19

Foto: ilustrativa

A partir desta segunda-feira (8), moradores de Nova Granada (SP) que forem diagnosticados com a Covid-19 passarão a utilizar uma pulseira vermelha, que só poderá ser retirada pelo médico responsável ao receber alta. A medida foi determinada pela prefeita Tânia Yugar (PSD), que é médica, como forma de tentar controlar a disseminação do novo coronavírus na cidade de 21 mil habitantes, na região de São José do Rio Preto.

Além da pulseira vermelha, também foi criada a amarela, que deve ser usada pelos pacientes que chegarem com sintomas e sejam considerados suspeitos de contaminação com a doença até o diagnóstico laboratorial. Se confirmar a Covid-19, a pulseira amarela é trocada pela vermelha. Caso o exame dê negativo, basta retirar a pulseira.

A cidade registrou 38 mortes, com 1.748 casos da doença, até este domingo (7), e tem visto o cenário se agravar com rapidez nas últimas semanas. Cinco pessoas morreram na última semana, três delas na fila de espera por um leito.

Sem leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no município, a prefeitura espera abrir seis vagas de enfermaria no hospital local até o final desta semana, conforme a prefeita.

“A primeira onda até que reagimos bem, mas nessa segunda onda tem até criancinhas contaminadas. Todas as medidas administrativas que tentem ajudar são válidas e estamos pensando no bem coletivo”, afirmou a prefeita, em relação à criação da pulseira.

Em caso de descumprimento, o paciente será multado em R$ 300, valor que será inscrito em dívida ativa. “Toda pessoa que teste [positivo] assina um papel se comprometendo a ficar em isolamento social. O que ocorre aqui? Descumprimento, com denúncias e fotos de pessoas saindo de casa. Tivemos uma explosão no número de contaminados”, disse.

Hoje, há 146 pessoas em tratamento na cidade, que devem cumprir isolamento domiciliar.

A prefeita afirmou que a medida poderá ser revista em algum momento, mas disse que nesse momento ela é importante. “Houve a necessidade. Não gostaria de ter feito, mas a partir do momento que as pessoas assinam um papel e não cumprem, precisei fazer isso. Sou médica da linha de frente, estou vendo a situação.”

Para evitar que as pessoas infectadas saiam de casa, a prefeitura também tem fornecido, via programas sociais, cestas básicas e kits com álcool em gel, máscara e termômetro.

“Um ano de pandemia já, o problema não é esse, o problema é que não vai parar. Tem as variantes. Só com conscientização e vacinação em massa.”

Fonte: Diário do Litoral