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Dificuldade na busca por profissionais da saúde qualificados para atuar nas UTIs

Foto: ilustrativa

A dificuldade não é somente a falta de leitos pela alta demanda de pacientes infectados com o vírus da Covid-19. Hospitais e instituições de saúde espalhadas por todo o Brasil também lidam com um novo obstáculo: a busca por profissionais de saúde qualificados para atuar nas UTIs.

Durante o atual período de fase vermelha – que acometeu diversas regiões do Brasil – a equipe da Luandre RH – especialista no setor de saúde – teve um aumento de 145,7% em vagas de saúde em relação ao mesmo período de 2020.

Embora a área siga contratando profissionais, o foco atual está na busca de mão de obra qualificada para atuar em UTIs, resultando em uma demanda superior de vagas em relação aos profissionais aptos para atuar.

“Para amenizar essa questão, houve uma diminuição da rigidez nos processos de seleção. As provas técnicas, em que antes o crivo era 8, por exemplo, têm um crivo de nota 6 hoje, justamente porque faltam profissionais de saúde”, afirma Gabriela Mative, Superintendente de RH da Luandre.

Segundo um levantamento do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), realizado em maio de 2020, o déficit de enfermeiros e técnicos de enfermagem especializados em UTI, durante o período inicial da pandemia, já estava em torno de 17 mil em todo o país.

Para alguns hospitais, a alternativa encontrada, durante a pandemia, foi a de efetivar os temporários e submetê-los a um treinamento para qualificação – “o investimento na efetivação faz com que esses profissionais passem por um programa de integração intensiva da equipe e se tornem aptos a exercer um trabalho na UTI de forma mais preparada para lidar com os desafios do dia a dia”, afirma Gabriela.

Jornada dupla e cansaço extremo

A falta de profissionais de saúde afeta também a rotina dos já empregados. Segundo Gabriela, a carência de mão de obra faz com que os colaboradores aumentem sua jornada de trabalho, chegando a dobrar turnos.

“Por eventualmente já terem outro emprego, alguns deles passaram a trabalhar em duplas jornadas. Isso explica o nível de cansaço e stress aos quais são acometidos”, conclui.

Fonte: Diário do Litoral