Unidades de saúde que comportariam 194 leitos para a região não foram concluídas e colocadas em funcionamento por falta de repasse de recursos do Governo do Estado. A população regional aguarda a conclusão das obras do novo Hospital de Bertioga, do novo hospital de Peruíbe e dos prontos-socorros do Jardim Rio Branco e da Linha Vermelha, em São Vicente.
A deputada federal Rosana Valle (PSB) cobra do Governo do Estado o repasse dos recursos prometidos para que sejam concluídos os hospitais de Bertioga e Peruíbe e equipados os dois prontos-socorros novos de São Vicente.
“Peço ao governador que providencie os repasses, pois a população vê os prédios vazios ou com obras paradas, justamente em uma época em que as unidades fazem tanta falta por conta da pandemia”, afirmou a parlamentar.
O Hospital de Bertioga, cujas obras começaram em 2015, teria 62 leitos, quatro salas de cirurgia, sendo 10 leitos de UTI adulto. Foi erguido em área de 3 mil metros quadrados, com quatro andares.
As obras já consumiram R$ 8 milhões do Estado e R$ 500 mil da Prefeitura. Mas sem o repasse prometido de R$ 11 milhões, o Município não pode dar continuidade aos trabalhos e concluir o hospital.
O Hospital de Peruíbe, em área de 4.183 metros quadrados, teria 58 leitos e faria parte do chamado Quarteirão da Saúde, pois ao lado estão o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
As obras já consumiram R$ 4 milhões, inicialmente repassados pelo Estado. Mas o convênio para a segunda e última fase não resultou em novos aportes. Faltam R$ 18 milhões, que já foram prometidos em diversas ocasiões pelo Governo do Estado, que agora alega contingenciamento de verbas por causa da pandemia para não liberar os recursos.
Em São Vicente, a Prefeitura construiu dois prontos-socorros. Um deles fica no Jardim Rio Branco, e comportaria 25 leitos, na esquina da Rua Gilberto Esteves Martins com a Avenida Ulisses Guimarães. Outro está localizado na Linha Vermelha, em área de 3.200 metros quadrados, com capacidade para 49 leitos.
O prefeito de São Vicente, Kayo Amado, quer equipar as unidades para colocá-las em funcionamento. Mas não tem recursos. Por isso, pediu ajuda ao Governo do Estado. Como resposta, obteve um pedido de documentação relativo ao PS da Linha Vermelha. “Peço ao governador que atenda o prefeito o mais rápido possível”, disse Rosana Valle.
“São ao todo quatro unidades de grande porte que ajudariam a região a enfrentar a pandemia, a salvar vidas, e ainda teriam o papel de tirar a região de fases restritivas, que afetam a economia local, ceifando empregos e levando famílias a passar fome”, afirmou a deputada, que aguarda retorno do Estado.
Fonte: Diário do Litoral