A nova variante P.1 do novo coronavírus, vinda de Manaus, já responde por 90% das amostras analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz no estado de São Paulo.
Estudo feitos pela Secretaria estadual da Saúde de São Paulo, 90% das amostras tinham prevalência da P.1. Uma das variantes mais perigosa por ser altamente transmissível, convertendo para quadro mais graves.
O estudo também demonstrou que a prevalência dessa variante no estado quadruplicou em apenas três meses. Em janeiro, ela representava 20% dos sequenciamentos. Em fevereiro, a 40%. E no mês seguinte, já respondia por 80% das amostras analisadas. Essa variante está presente em todos os 17 departamentos de saúde do estado e só não é prevalente nas regiões de São José do Rio Preto e Presidente Prudente, onde a P.2 (que surgiu no Rio de Janeiro) é mais evidente.
Nas amostras analisadas pelo Adolfo Lutz, 21 linhagens diferentes do novo coronavírus foram encontradas. Entre elas, três são variantes de atenção: a P.1 (Manaus), a B.1.1.7 (Reino Unido) e a B.1.351 (África do Sul). O estudo indica que as duas primeiras circulam mais efetivamente no estado paulista.
As variantes podem ser mais resistentes às vacinas. Por isso, é fundamental continuar fazendo o uso de máscara, higienizando as mãos com água e sabão ou álcool gel e manter o distanciamento social.
Casos autóctones
Até ontem (27), 164 casos autóctones dessas três variantes já foram identificadas em São Paulo, sendo 152 delas com confirmações da P.1. Quanto à B.1.1.7 (Reino Unido), foram confirmados nove casos, sendo cinco deles na capital e um caso nas cidades de Peruíbe, Jacareí, Guarulhos e Bauru.
Para a variante sul-africana (B.1.351), houve três notificações no estado, sendo duas delas em Sorocaba e uma em Santos.
Fonte: Diário do Litoral