Moradora de Praia Grande, no litoral paulista, a idosa Terezinha Marangoni de Souza, de 83 anos, está a procura de atendimento público para tratamento de uma enorme ferida que surgiu em seu rosto há dois anos.
Terezinha passou por uma cirurgia de limpeza no ferimento, mas a demora para o procedimento fez com que a lesão interferisse na visão dela, a família da paciente fez apelo para que a idosa tenha um tratamento público adequado, já que há suspeita de câncer.
A neta Luana de Souza Azevedo, de 41 anos, relatou que o tratamento médico destinado à sua avó desde a descoberta do ferimento é “desumano”. Relatando também problemas ao tentar marcar a cirurgia de limpeza da ferida, já que os exames pré-operatórios pedidos não foram aceitos pela cirurgiã. No último dia 30 [de agosto], a ferida já tinha crescido absurdamente”, explicou. De acordo com a familiar, o tempo de espera foi de dois anos, desde a realização da primeira consulta, até o procedimento de limpeza.
A idosa passou pela cirurgia de limpeza do machucado no rosto, realizada por uma médica cirurgiã plástica no Complexo Hospitalar Irmã Dulce, em Praia Grande. A neta alega, entretanto, que a cirurgia deixou a ferida exposta, o que causou uma infecção. “Não deram nenhum remédio para não infeccionar. A única prescrição médica foi de um remédio para controlar a dor. A gente está totalmente perdido”, comentou Luana.
A instituição, a unidade hospitalar alega não possui especialidade de oncologia, por isso, não é referência para esse tipo de acompanhamento.
A Prefeitura de Praia Grande informa em nota, que o tratamento oncológico é de responsabilidade do governo do Estado. Ainda conforme a administração municipal, todos os procedimentos possíveis de serem feitos na cidade, estão sendo realizados, porém, a continuidade do tratamento oncológico precisa ser na Rede Hebe Camargo, do Estado de São Paulo.
Já a Secretaria de Saúde de São Paulo, informou que a demanda de consultas, cirurgias e procedimentos é descentralizada na rede, considerando que há regulações municipais ou regionais, com os respectivos serviços de referência para sua área de abrangência. A pasta ainda afirma que o encaminhamento de pacientes a atendimentos especializados é de responsabilidade dos municípios, que possuem autonomia para definir os casos prioritários.
Fonte: G1 Santos