Ninguém duvida do quanto o desenvolvimento tecnológico é bom para diversos setores nem deixam de reconhecer os benefícios e facilidades que traz para o dia a dia das pessoas. Mas pais e mães devem estar atentos ao prejuízo que muitas horas na frente de uma tela (seja de celular, tablet ou computador) pode gerar em crianças e adolescentes -e até mesmo em bebês.
“Existem vários estudos que indicam o aumento dos problemas auditivos desde os primeiros anos de vida, principalmente quando começam a usar fones de ouvidos. É importante que pais fiquem atentos aos sinais de entendimento na comunicação, como o uso excessivo de expressões como o ‘o que?’ ou ‘hein?’, explica a pediatra de Guarujá Maria Estela Lima de Freitas”.
É bem verdade que, com o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, milhões de meninos e meninas tiveram que ficar confinados em casa e inclusive assistir às aulas pelo computador. Mas, hoje, a preocupação maior não está ligada ao papel educativo por trás das telas. O que pega mesmo é o uso recreativo, com bebês hipnotizados com vídeos no YouTube, crianças passando horas e horas em videogames e adolescentes não querendo perder um minuto sequer nas redes sociais.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o uso de telas, com bom senso, só pode começar a partir dos 2 anos de idade. Dos 6 em diante, no máximo meia hora de tela por dia, passando a 60 minutos a partir dos 12. Maria Estela pondera outro prejuízo que a ação pode causar: mais horas vidrado numa tela significa menos horas com o corpo em movimento. E o aumento da obesidade infantil demonstra a consequência de tanto sedentarismo.
“O uso exagerado de telas compromete também o desenvolvimento emocional e intelectual, uma vez que as crianças deixam de interagir com outras pessoas, se higienizar e se alimentar para permanecer na internet e abrem mão de atividades mais instigantes aos neurônios, como brincadeiras com seres humanos e a leitura. Além do que, muitas horas com telas bagunça todo o organismo, prejudicando a quantidade e a qualidade do sono”.
Fonte: BS9