Desde o início da pandemia de Covid-19, o uso de proteção facial não foi obrigatório para menores de 2 anos por conta dos riscos que isso poderia trazer de dificultar a respiração, gerando asfixia. E agora, com o clima mais frio na região, o aumento de internações pediátricas por vírus respiratórios na Baixada Santista veio como um sinal de alerta para os especialistas.
“A preocupação é alta, uma vez que a internações por vírus respiratórios aumentou nesta época do ano. Nas estações mais frias as pessoas ficam em locais fechados, sem ventilação, próximas umas das outras, o que aumenta as chances de contágio”, explica a pediatra Maria Antônia Borge de Matos Belmonte.
A médica diz ainda que, neste ano, há um número maior de infecções em bebês e crianças pois, além da falta da vacina nesta faixa etária, há um deficit de imunidade por terem ficado em casa pela pandemia, já que tiveram baixo contato com doenças e menos resistência/memória imunológica.
E a volta às aulas prejudica ainda mais esse processo de infecções. Por isso, para Maria Antônia, as escolas deveriam voltar a adotar o uso de máscaras, lavagem das mãos e manter sempre locais arejados e ventilados.
Em Itanhaém, por exemplo, a Prefeitura determinou nesta semana a obrigatoriedade da proteção facial em todas as salas de aula da rede municipal de Educação.
“As máscaras devem ser usadas sempre pela pessoa que está em vigência de infecção respiratória para evitar a transmissão. Utilizá-las é muito importante pois diminui a chance de transmissão de doenças”.
Assim, para tentar minimizar os casos, o ideal é que todos continuem respeitando as medidas preventivas adotadas durante a pandemia. “O uso de máscaras, álcool em gel, distanciamento, lavar as mãos e manter janelas e portas abertas devem ser mantidos”, diz Maria Antônia.
Fonte: BS9