Uma jovem de 23 anos foi presa em flagrante dentro de uma loja de roupas no shopping Praiamar, em Santos, na noite da última sexta-feira (12). Segundo testemunhas ela teria tocado nas costas de uma mulher, de 55 anos, e dito, apontando o dedo na direção do seu rosto: “preto tem que morrer”. Ela segue à disposição da justiça.
As duas filhas da vítima e uma funcionária das Lojas Riachuelo presenciaram o ato de racismo. A mãe da acusada, que estava na mesma loja no momento do crime, disse que a filha tinha laudo psiquiátrico, fazia uso de medicação controlada e que era bipolar.
De acordo com uma das filhas da vítima, a jovem teria gritado com a própria mãe momentos antes de cometer o crime, tirando seu andador e puxando sua bolsa de forma brusca, para pegar um cartão de crédito. Isso chamou a atenção das pessoas que estavam em volta, que passaram a olhar para ela. Mostrando irritação, a jovem disse que o cartão de crédito era dela e que poderiam chamar a polícia, se quisessem.
Para evitar confusão, elas decidiram sair dali e entraram na Loja Riachuelo, mas a jovem veio atrás delas, tocou nas costas da mulher, de 55 anos, e teria dito “preto tem que morrer”. Todos em volta ouviram e presenciaram a injúria racial. A jovem ainda tentou ir embora, mas foi contida até a chegada da polícia.
A Polícia Militar foi acionada às 19h32 para atender o caso em que duas mulheres estariam discutindo e uma proferiu palavras racistas. Os policiais estiveram no local e conduziram os envolvidos para a delegacia. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), a mulher foi presa em flagrante por praticar discriminação. “Ela foi autuada em flagrante e encaminhada a CPJ [Central de Polícia Judiciária] de Santos onde o caso foi registrado”, informou em nota.
A funcionária da loja que testemunhou o crime também prestou depoimento.
Como o crime de racismo é inafiançável na esfera policial, a jovem continua à disposição da justiça e será levada à cadeia.
PRAIAMAR SHOPPING
Em nota o shopping Praiamar diz que é contra todo tipo de discriminação, repudia qualquer forma de ofensa de cunho racial. E com relação aos atos denunciados, os seguranças são treinados para todo e qualquer tipo de situação e que, assim que o crime foi relatado pela central, eles foram até a loja em questão, e junto a segurança da própria loja, e por se tratar de questões judiciais, solicitaram a cliente para chamar a Polícia. Após o ocorrido, as partes foram conduzidas até a delegacia para dar continuidade no processo.
Fonte: Diário do Litoral/Baixada na Rede