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Moradores de comunidade da Praia Grande, SP sofrem com ‘surto de sarna’

Foto: Reprodução/TV Tribuna

Moradores da Comunidade do Quintal, no bairro Nova Mirim, em Praia Grande, na Baixada Santista, vivem um ‘surto de sarna’ e relatam dificuldades em encontrar tratamento. O problema afeta adultos e crianças, que convivem com infecções e feridas na pele há pelo menos três meses.

A moradora Claudia Nascimento de Souza reclama a falta de saneamento básico, água e energia elétrica na comunidade.

Segundo a médica dermatologista Marcela Martins, os problemas apontados pela moradora prejudicam o tratamento da doença. Ao menos 60 famílias vivem na Comunidade do Quintal e, de acordo com parte delas, o atendimento médico público é limitado, o que prejudica a resolução de casos como a sarna.

A dermatologista explicou que a doença extremamente contagiosa e que o agente causador fica preso a objetos, como roupas. Por esse motivo, é importante manter uma higiene intensa não apenas na pessoa contagiada, mas em todos aqueles que vivem com ela.

Josiane dos Santos é autônoma e vive na comunidade com os dois filhos, que apresentam feridas na pele. Ela contou que, quando vão ao hospital, as crianças são medicadas com antibióticos, mas diz o tratamento não é eficaz, pois as feridas não somem. Por continuarem com a doença, os filhos dela foram afastados das escolas.

A Prefeitura de Praia Grande informou à reportagem que a comunidade é atendida pela Unidade de Saúde Aloha e que, mesmo assim, tem enviado equipe do Programa Consultório na Rua mais vezes ao local.

A administração municipal ressaltou que na última quinta-feira (20) realizou 46 atendimentos na comunidade e detectou 16 casos de lesões na pele variadas. Todos os pacientes foram medicados e receberam remédios para tratamento em casa, além de orientações sobre higiene pessoal e do lar.

A prefeitura também pontuou ter disponibilizado roupas, produtos de higiene e ações para melhorar as condições sanitárias da comunidade, que é uma área de preservação invadida. Por esse motivo, as famílias que vivem no local foram incluídas no cadastro habitacional e devem sair da comunidade para morar em novos conjuntos nos próximos meses.

Fonte: G1 Santos