Cientistas do Canadá, descobriram um antibiótico capaz de matar uma espécie mortal de superbactéria com a ajuda de inteligência artificial (IA). O medicamento experimental, chamado “abaucin”, passará agora por testes de segurança antes de ser utilizado em pacientes.
As superbactérias são um desafio para a medicina. São evoluções de espécies que desenvolvem resistência aos antibióticos comumente utilizados pelos médicos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que mais de um milhão de pessoas morrem todos os anos por infecções que resistem ao tratamento com antibióticos no mundo.
Neste estudo, os pesquisadores focaram na espécie Acinetobacter baumannii, descrita pela OMS como uma das três superbactérias mais “críticas”. Capaz de captar o DNA de outras espécies de bactérias no ambiente, incluindo genes de resistência a antibióticos, ela é resistente a quase todos os antibióticos.
A superbactéria é descrita pelos cientistas como “inimigo público número um”. Isso porque, além de ser extremamente resistente, ela é muito comum em hospitais e casas de repouso.
Geralmente, sobrevive em superfícies e equipamentos médicos e infecta feridas, causando pneumonia e levando a quadros graves de saúde.
“Sabemos que os modelos algorítmicos funcionam, agora é uma questão de adotar amplamente esses métodos para descobrir novos antibióticos de maneira mais eficiente e econômica”, completa o especialista.
Os pesquisadores testaram as substâncias selecionadas pela inteligência artificial e encontraram nove antibióticos em potencial. Um deles, a abaucin, se demonstrou extremamente potente nos testes em laboratório: é capaz de tratar feridas infectadas em camundongos e matar amostras da superbactéria.
A expectativa é de que em 2030 o antibiótico esteja disponível para ser prescrito a pacientes.
Fonte: Metrópoles