Início Baixada Santista Droga K tem anestésico e anabolizante de cavalo em sua composição

Droga K tem anestésico e anabolizante de cavalo em sua composição

Foto: Reprodução

Traficantes estão usando anestésico e anabolizante de cavalo para produzir o coquetel químico que é vendido como se fosse uma “maconha sintética”, conhecida como droga K, que é mais potente do que a maconha natural.

A Polícia Civil paulista apreendeu, uma receita de droga K em um ponto de venda do tráfico em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Entre traficantes e usuários, elas são chamadas de k2, k4, k9 ou “spice”. A receita, contém 12 ingredientes e sete passos para preparar a mistura, uma listagem de três páginas.

Uma das reações características das drogas K, é o chamado “efeito zumbi”. Por causa delas, a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) chegou a proibir seu consumo na região da Cracolândia, no centro de São Paulo.

De acordo com os especialistas, esse efeito é provocado pela quetamina um anestésico de uso veterinário. Além do anestésico, ele destacou a presença do fentanil, um opioide utilizado para combater dores e, em conjunto com outras substâncias, também como anestésico. Fora do ambiente hospitalar, o uso delas pode ser fatal.

O opioide que aparece na receita, é responsável em causar alta dependência. A mistura resultante dos ingredientes, entre os quais ainda há ácido sulfúrico, é borrifada em tabaco, ou mesmo em maconha velha, e vendido como canabinoide sintético, mesmo não tendo nenhum indício da presença deste tipo de molécula na composição.

Ele explica ainda que a pessoa que desenvolveu a receita apreendida com os traficantes tem noções de química, pelas quantidades de itens sugeridas, além da diversidade, pois alguns deles ajudam na fixação da droga quando borrifada e, outros, a rebater um eventual mal-estar provocado pelo consumo.

“Isso só não significa que estão fazendo uma coisa segura para outras pessoas. Tanto essa receita com opioide e anestésico de cavalo, como um canabinoide sintético de fato, são perigosos, não dá para mensurar qual é mais.”

Fonte: metrópoles