O jogo entre o Santos e Corinthians terminou em confusão dentro do gramado da Vila Belmiro, na noite desta quarta-feira (21), e continuou nas ruas próximas ao estádio, em Santos, na Baixada Santista. Houve correria, bombas de efeito moral e gás de pimenta, que provocou medo e desespero nos moradores do bairro.
Dezenas de torcedores entraram em confronto com a Polícia Militar, atirando tapumes metálicos no chão e bombas sendo disparadas. Já no canal 1, pessoas correm da fumaça provocada pelas bombas.
Moradores que vivem em ruas ao redor do estádio relataram momentos de desespero e medo.
Segundo uma moradora, de 63 anos, que não quis ser identificada, o confronto começou por volta das 22h30, logo após a saída da torcida organizada do Santos Futebol Clube do estádio.
“Foi um corre corre, uma gritaria na rua. É um absurdo a quantidade de bombas de gás lacrimogênio que jogaram em torno da Vila. Aqui tem casas de família, crianças, idosos, animais. Toda a vizinhança passando mal”, contou ela.
A mulher disse ainda que a esquina entre a rua Joaquim Távora com a Avenida Pinheiro Machado, no canal 1, ficou com muita fumaça, cheiro forte e ninguém podia sair de casa. “Não tinha como respirar, ficou tudo branco. Uma situação insustentável e que tem que haver punições. A lei tem que ser respeitada. Isso precisa parar, é uma vergonha para todos”, falou a moradora.
Ela disse ainda que a organização já previa que isso fosse acontecer, uma vez que o time do Santos não estava em um bom momento. “Por que não tomaram providências antes do clássico? Eles já sabiam que o momento era delicado, que poderia dar confusão, porque os dirigentes e as autoridades deixam um jogo desses acontecer com torcida? Um perigo e irresponsabilidade”, finaliza.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de SP (SSP-SP) informou que alguns torcedores ficaram descontentes com o resultado do jogo e atiraram bombas caseiras no campo e realizaram depredações do lado de fora do Estádio, após o encerramento da partida.
Policiais militares usaram munições de menor potencial ofensivo e dispersaram a multidão. Ninguém ficou ferido e o caso é investigado pela Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), que instaurou inquérito policial para apurar os fatos.
Fonte: G1 Santos