As 13 armas seriam .50 e as 8 seriam metralhadoras calibre 7,62 que sumiram do arsenal de Guerra da cidade de Barueri.
Foram consultados Bruno Langeani, gerente do Instituto Sou da Paz, especializado em estudos relacionados a esse tema, Vinicius Domingues Cavalcante, um especialista em segurança com conhecimento em armas, e membros das forças militares do Exército que solicitaram anonimato.
De acordo com Bruno, o desaparecimento dessas armas roubadas pode representar uma ameaça à segurança pública se caírem nas mãos do crime organizado.
Aproximadamente 480 militares de diversas patentes permaneceram impedidos de sair da base onde estão lotados na terça-feira, 16, após o sumiço de metralhadoras do Arsenal de Guerra de Barueri. As autoridades militares alegam que estão ouvindo os membros das forças armadas para tentar descobrir o paradeiro das armas. Até o momento, trinta e cinco militares já prestaram depoimentos.
Na quarta-feira, 17, o número de militares retidos na base foi reduzido para cerca de 160, com aproximadamente 320 retornando às suas residências.
A falta das armas foi detectada na terça-feira passada, 10, durante uma inspeção interna no Arsenal de Guerra em Barueri, quando foi notada uma discrepância no inventário das metralhadoras. Desde então, militares de diferentes patentes, incluindo soldados, cabos, sargentos, tenentes, capitães, majores e coronéis, estão sob confinamento, conforme orientações de seus superiores. Além disso, seus dispositivos móveis foram confiscados para evitar a comunicação com familiares. O contato com eles está sendo intermediado por um representante do Exército.
Familiares têm se dirigido à entrada da base nos últimos dias em busca de informações sobre os militares retidos. Apesar do Exército afirmar que nenhum deles está detido ou preso, eles não podem retornar a suas casas. A justificativa da corporação é que essa medida é necessária para tentar localizar e recuperar o armamento desaparecido.
A investigação sobre o incidente está sendo conduzida exclusivamente pelo Exército. O Comando Militar do Sudeste (CMSE), sediado na cidade de São Paulo, e o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), localizado em Brasília, enviaram delegações para apurar o extravio das metralhadoras.
Fontes familiarizadas com o caso consideram se o roubo das metralhadoras resultou de alguma falha na segurança do Arsenal de Guerra ou se pode haver a participação de militares no ocorrido. Elas também investigam se as armas foram retiradas da base por meio de veículos militares entre setembro e outubro .
fonte: g1.com