Diego Nascimento Pinto foi condenado a seis anos, nove meses e vinte dias de prisão por tentativa de homicídio contra a deputada estadual Solange Freitas (União Brasil) em novembro de 2020. A sentença foi anunciada na noite de quarta-feira (26), no Fórum de São Vicente, na baixada Santista. Na época do crime, ela era candidata a prefeita da cidade.
O julgamento durou dois dias. Ao todo, foram ouvidas oito testemunhas, sendo cinco de acusação e três de defesa. Diego foi julgado pelos crimes de participação por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso, que dificultou a defesa da vítima. Ele vai cumprir a pena em regime fechado.
O crime aconteceu na Avenida Monteiro Lobato, na Vila Voturuá, quatro dias antes das eleições municipais de 2020. O réu foi preso no dia 5 de fevereiro de 2023 e seguia em regime fechado na Penitenciária Compacta de Tupi Paulista.
Após a decisão, Solange Freitas considerou o resultado uma vitória e destacou que a Justiça está sendo feita. “Eu acho que foi uma vitória. Uma pena reduzida, que nós vamos recorrer da decisão. O Diego, além de ter participação no atentado, também tentou me incriminar do meu próprio atentado na época. E, nesse júri, ele acabou confessando que mentiu porque foi pago por um partido político para me incriminar e me atrapalhar nas eleições”
Ainda segundo ela, a sensação de reviver aqueles momentos é muito difícil. “Mas, ele está pagando duas vezes. Pela tentativa de homicídio e por ter tentado sujar meu nome”, falou a deputada.
O advogado de defesa de réu, Mário Badures, disse que vai recorrer da decisão do juiz. “A defesa não concorda de forma alguma com as narrativas apresentadas, sem provas. Nós vamos recorrer e será submetido a um novo júri. Tenho certeza que a inocência do réu vai prevalecer”, finaliza ele.
Segundo o advogado Ricardo Ponzetto, que representa a deputada estadual, ele vai recorrer com relação ao tempo da pena. “Entendemos que foi feita a Justiça no que diz respeito aos jurados vicentinos, que acolheram as teses com relação ao acusado. Com relação ao tempo de pena, vamos recorrer porque entendemos que a redução de dois terços não condiz com Justiça do caso”, explicou.
Fonte: G1 Santos