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PM é condenado a 15 anos de prisão em Peruíbe, SP

Foto: Adalberto Marques/Arquivo A Tribuna Jornal

O policial militar Ivan Luis Santos de Oliveira, foi condenado a mais de 15 anos de prisão. Ele é acusado de matar o empresário Jorge Augusto Serafim a tiros em Peruíbe, no litoral de São Paulo.

O crime aconteceu em março de 2022. Segundo o boletim de ocorrência, testemunhas informaram que a esposa da vítima tentou separar uma briga envolvendo um casal de familiares do policial militar, o que desencadeou uma discussão entre Jorge e outro homem.

Desta forma, o PM foi em direção ao empresário e efetuou um disparo na região do abdômen, fugindo sem prestar socorro ou acionar a polícia.

Ivan foi condenado a 15 anos, sete meses e 15 dias de prisão, por homicídio qualificado durante sessão de júri popular. O julgamento ocorreu do dia 26 ao 28 de fevereiro na Câmara de Peruíbe (local escolhido devido às consequências das fortes chuvas no Fórum).

O juiz que presidiu a sessão Guilherme Pinho Ribeiro enfatizou, em sentença, a reprovação da conduta do réu, principalmente por ser agente de segurança pública, que, segundo a decisão, tem o dever de combater crimes, e não o contrário.

Além disso, o juiz salientou o fato de o homicídio ter sido cometido na presença dos familiares da vítima.

“O disparo da arma de fogo foi perpetrado em local público, com diversas pessoas, gerando perigo comum a sujeitos estranhos ao conflito. Não bastasse, as filhas da vítima presenciaram o homicídio, crianças à época dos fatos, fato este que já justifica a exasperação da pena-base”, disse o juiz.

Na época do crime, o juiz Bruno Nascimento Troccoli também ressaltou, na decisão de prisão preventiva do réu, o fato de Ivan agir contra os deveres de um agente de segurança pública.

“O custodiado é policial militar e possui treinamento e experiência suficiente para atuar em casos como este, de modo que, verificado, ainda em momento inicial, que não agiu adequadamente e que também se negou a realizar o exame do etilômetro e empreendeu fuga (e de forma perigosa) sem prestar socorro”, apontou, na ocasião.

Fonte: G1 Santos