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Hospital é condenado a pagar R$ 200 mil a Klara Castanho por vazar dados sigilosos sobre gravidez

Foto: Reprodução

O Hospital e Maternidade Brasil, administrado pela Rede D’Or, foi condenado a pagar R$ 200 mil em indenização para Klara Castanho. Em 2022, funcionários da unidade médica localizada em Santo André, São Paulo, vazaram à imprensa a informação de que a atriz havia sido estuprada, engravidado e entregado o bebê para a adoção.

A condenação foi divulgada pelo portal Em Off nesta quarta (20). Segundo o desembargador Alberto Gentil de Almeida Pedroso, houve violação dos “direitos da personalidade da vítima”. Ele afirmou que o valor indenizatório é “suficiente para reparar o sofrimento da autora e servir de alerta ao réu em relação à custódia e manuseio de informações pessoais sigilosas”.

O caso veio à tona em junho de 2022, quando a atriz relatou ter sido abordada por uma enfermeira na sala de cirurgia do hospital. “Ela fez perguntas e ameaçou: ‘Imagina se tal colunista descobre essa história'”, contou Klara na ocasião. Posteriormente, a jovem recebeu mensagens do mesmo colunista.

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) chegou a investigar o crime, mas arquivou meses depois. O órgão alegou não ter constatado “a participação de nenhum profissional de enfermagem” no vazamento de informações sigilosas de Klara.

A investigação do Coren-SP se baseou em um desabafo da artista nas redes sociais. Apesar do arquivamento, Klara levou a acusação em frente e seguiu com as medidas judiciais.

Relembre o caso

Em junho de 2022, Klara Castanho revelou que engravidou após sofrer um estupro e entregou o bebê para adoção. A atriz postou um desabafo em seu Instagram para contar a verdade sobre a história que ganhou repercussão após a entrevista do jornalista Leo Dias para o programa The Noite, do SBT. Em uma carta aberta, a artista deu detalhes do crime que sofreu e confirmou que entregou o bebê depois do parto, ainda no hospital.

Klara afirmou que não estava em sua cidade quando o crime ocorreu e que se sentiu confusa com o que passou. “Tive muita vergonha, me senti culpada. Tive a ilusão de que, se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu não esquecesse, superasse. Mas não foi o que aconteceu.”

A atriz relatou ter passado por mais violência no dia do parto, quando a enfermeira fez a chantagem velada sobre vazar informação ao colunista. “Eu ainda estava sob o efeito da anestesia. Eu não tive tempo de processar tudo aquilo que estava vivendo, de entender, tamanha era a dor que eu estava sentindo. Eu conversei com ele, expliquei tudo o que tinha me acontecido. Ele prometeu não publicar.”

Fonte: UOL