Gilberto Alves Cardoso, suspeito de ter matado a filha asfixiada, foi preso em Santos, na Baixada Santista. Ele estava foragido desde que a menina, de 9 anos, foi encontrada morta dentro de casa em Carapicuíba (SP). Durante a prisão, o suspeito sorria enquanto deixava o carro e era conduzido para a delegacia.
Conforme o boletim de ocorrência (BO), o homem foi encontrado, na Rodoviária de Santos, no Centro. Ele tentou fugir ao desembarcar de um ônibus, mas acabou detido pela equipe do 5º Distrito Policial (DP) de Santos.
Os policiais cumpriram o mandado de prisão temporária após serem acionados por agentes de Carapicuíba.
Na delegacia, o homem não prestou depoimento sobre o crime. Segundo o BO, Gilberto apenas perguntou sobre a motocicleta dele, que foi localizada e apreendida em um supermercado em Cotia (SP).
Entenda o caso
Luiza Marques Cardoso, de 9 anos, foi encontrada morta na cama do quarto dela, na casa em que vivia com o pai em uma área rural de Carapicuíba. Segundo o BO, ela não tinha sinais de violência. A hipótese do médico legista é que a morte foi causada por asfixia mecânica.
Em depoimento à Polícia Civil, o irmão do suspeito contou que mora no mesmo terreno de Gilberto e, na manhã de segunda-feira (18), viu a perua escolar chamando por Luiza, que não respondia. Desta forma, ele entrou na casa e se deparou com a sobrinha já sem vida.
O homem acionou a Polícia Militar (PM), que entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). As equipes constataram a morte no local.
Durante investigação, na casa onde ocorreu o crime, foram encontrados um caderno com anotações típicas de um suicida, um frasco de remédio e uma seringa utilizada para aplicar veneno de matar formigas. No entanto, o suspeito não foi localizado.
A mãe da vítima e ex-esposa de Gilberto disse aos policiais que ele tomava medicamentos controlados. Ela contou que foi casada por nove anos com o homem e rompeu o relacionamento oficialmente há oito meses.
A mulher garantiu, no entanto, que os dois não tinham mais envolvimento como casal há seis anos, apesar de morarem juntos. Desde a mudança, a guarda de Luiza ficou compartilhada entre os pais. Por isso, ela ficava uma semana com cada um.
Ela contou aos policiais que o homem nunca teve tendência suicida ou violenta, mas vivia tomando antidepressivos. O caso foi registrado como homicídio no 2º DP de Carapicuíba.
Fonte: G1 Santos