Detalhamento da licitação de adequação e reforma do Plenário dentro do prédio da Câmara de Santos, conhecido como Castelinho, publicado no Portal da Transparência, aponta que somente com sete mesas os parlamentares santistas gastarão cerca de R$ 950 mil (exatos R$ 943.349,30). Com esse valor, um cidadão ou cidadã santista consegue comprar três apartamentos de um quarto em bairros distintos em Santos, segundo uma corretora consultada pela Reportagem.
Somente com a mesa diretora serão gastos R$ 159.422,10. Duas mesas para vereadores Tipo 1 vão custar R$ 217.866,00 (R$ 108.933,00 cada) e quatro mesas para vereadores Tipo 2 vão custar R$ 566.061,20 (R$ 141.515,30 cada). Dois púlpitos custarão R$ 75.933,60 (R$ 37.966,80 cada)
O preço das poltronas também está, como diria na gíria popular, ‘um pouco salgado’. Com 27 poltronas giratórias para vereadores (as) serão gastos R$ 332.410,50 (R$ 12.311,50 cada poltrona). Com cinco poltronas giratórias de apoio (que devem ser para auxiliares) serão gastos R$ 19.173,50 (R$ 3.834,70 cada). E ainda com 18 poltronas fixas o valor será R$ 105.544,80 (cada cadeira fixa custará R$ 5.863,60).
Somando todos os móveis, o Legislativo santista irá gastar cerca de R$ 1,5 milhão (exatos R$ 1.476.411,70) – praticamente 50% do valor final da reforma do plenário, já confirmado por R$ 3.107.000,00 com a empresa Reforplan Reformas Planejadas Ltda.
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Somente o tablado (parte mais alta do plenário em que fica a Mesa Diretora durante a sessão) custará R$ 676.426,00. Por esse preço, pode-se comprar um apartamento de até três quartos na Cidade, também conforme a corretora consultada.
Para parlamentar (falar) e ouvir bem, a Câmara também não mediu preços. O isolamento acústico (paredes e piso) do Plenário Doutor Oswaldo de Rosis custará R$ 314.708,00. Iluminação, microfones e tomadas custarão R$ 421.748,00 – melhor que muitas casas de shows da região.
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Somente a retirada da antiga estrutura custou R$ 125.779,70 (preço de um carro razoável) e o fornecimento de projetos custou R$ 91.905,60.
JUSTIFICATIVA.
A Câmara informa que, de maneira protocolar, “este certame, tal qual todo outro realizado pela Casa de Leis, seguiu a legislação vigente que rege os devidos procedimentos licitatórios, em conformidade com as boas práticas de gestão pública e dentro dos parâmetro estipulados pelos apontamentos do Tribunal de Contas do Estado”. “Adicionalmente, tendo em vista o zelo ao erário e aos recursos públicos, optou-se pelo equipamento que apresentasse o melhor custo-benefício possível, visando acessibilidade e durabilidade”, completa.
Fonte: Diário do Litoral