Uma reunião de condomínio terminou em confusão generalizada em São Vicente, na Baixada Santista. Os moradores relataram que foram agredidos pelo ex-vereador Eduardo Oliveira, que é síndico do prédio e nega as acusações. O caso é investigado pela Polícia Civil.
O desentendimento entre o síndico e os moradores começou durante a assembleia geral ordinária do edifício Golfinho, que era realizada na Associação Comercial de São Vicente.
Uma das vítimas, Solange Coelho Garcia, de 70 anos, contou que as reuniões do condomínio sempre são complicadas e, na assembleia, ficou em dúvida sobre documentos que Eduardo disse ter. Por isso, ela pediu para vê-los, mas o síndico negou entregar, até que, em determinado momento, jogou a pasta com força na mão dela.
“Eu sou uma pessoa de 70 anos, então o pessoal todo se revoltou”, disse, contando que a confusão teve início e a Polícia Militar (PM) foi acionada. “Ele jogou uma outra condômina na parede, bateu em outra moça também. Um idoso também acabou machucado durante a confusão”, relembrou a mulher.
O empresário Luiz César Marques Pereira, de 30 anos, disse ter presenciado as agressões. “Não tem vítima por parte do pessoal do síndico, só tem vítima por parte dos moradores”, enfatizou.
Ainda segundo os moradores, não é o primeiro caso de agressão em que Eduardo se envolve. O primeiro aconteceu aproximadamente em 2011. “Houve uma reunião onde um grupo provou que ele desviou R$ 91 mil do condomínio e nessa reunião também deu confusão […]. Eu fiquei toda roxa porque já me agarrei nas pastas, ele queria tirar as pastas de mim e me pressionou”, disse Solange.
Defesa
De acordo com Eduardo Oliveira, apesar da confusão generalizada, não aconteceu nenhuma agressão. “Eu represento mais do que 60% das unidades do prédio e eles [moradores] quiseram fazer um motim desde o início, antes de começar a reunião. Depois que acabou a reunião, eu tentei sair, fecharam a porta e começou um empurra-empurra. Nada mais do que isso”, disse o ex-vereador
Ele disse que é síndico há 14 anos e não existe decisão judicial para que sejam devolvidos valores referentes a 2011. “Se eu tivesse qualquer tipo de problema ou tivesse qualquer medida judicial, eu teria que ter devolvido algum dinheiro. Minhas contas todas foram aprovadas e anualmente nós temos a assembleia”, esclareceu.
A Polícia Militar encaminhou os envolvidos para a Delegacia Sede de São Vicente, onde o caso foi registrado como lesão corporal.
Fonte: G1 Santos