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Adeus ao eterno “Menino Maluquinho”: Corpo de Ziraldo é velado no Museu de Arte Moderna do Rio

Foto: Suelen Bastos/ g1

O corpo do desenhista e escritor Ziraldo é velado no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro na manhã deste domingo (7). Ele morreu aos 91 anos em casa, dormindo, de causas naturais. O velório é aberto ao público. Familiares e fãs fizeram questão de prestar as últimas homenagens ao artista.

O sepultamento está marcado para 16h30 no Cemitério São João Batista, na Zona Sul da cidade.

Ao lado do caixão, um boneco do Menino Maluquinho, personagem mais conhecido criado pelo artista, e outro de Jeremias, o Bom.

A cineasta Daniela Thomas, filha de Ziraldo, conta que um de seus maiores orgulhos é o trabalho do pai ter atravessado gerações.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, definiu Ziraldo como “um mineiro que mudou o Rio” e disse que ele terá todas as homenagens possíveis.

“Ziraldo é um mineiro que marcou a história do Rio de Janeiro e construiu um legado, de educador, de homem da cultura e de pessoa interessante que era. Uma vida bem vivida”, afirmou o prefeito.

Fabrizia Pinto, filha de Ziraldo, destacou a importância do desenhista na luta contra a ditadura militar. Quem também lembrou a luta contra a ditadura foi o ator Antônio Pitanga.

Débora Ovídio, fã de Ziraldo, chegou cedo para homenagear o escritor que mudou a forma como ela enxergava a realidade. Ela vestia uma camiseta que retrata Ziraldo como seu personagem mais famoso, o Menino Maluquinho.

“Eu conheci Ziraldo quando a minha avó morreu, que foi também em um dia 7 de abril, há 18 anos. E eu fui presenteada com o livro Menina Nina, que conta a história do falecimento da primeira esposa do Ziraldo, e ele escreveu esse livro para a neta”, explicou.

Ela destacou que, ao longo do tempo, passou a manter uma relação amistosa com Ziraldo.

Santinha Alves Teixeira, Irmã de Ziraldo, contou que a grandiosidade do artista era tida como natural pela família. Ela contou que o desenhista era uma pessoa amorosa e que prezava pela união da família.

O sobrinho de Ziraldo, Frederico Pinto, lembrou que o tio abriu portas para o mundo, e também para a própria família, que se inspirou nos caminhos dele.

O jornalista Daniel Alves Pinto, sobrinho do artista, lembrou do bom humor do tio.

A cerimônia estava marcada inicialmente para acontecer na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro, mas a família decidiu pela troca do local.

Os fãs também fizeram questão de prestar as últimas homenagens.

Criador de personagens como “O Menino Maluquinho” e a “Turma do Pererê”, Ziraldo também foi chargista, caricaturista e jornalista. Ele foi um dos fundadores do jornal “O Pasquim”, um dos principais veículos a combater a ditadura militar no Brasil.

Fonte: G1