Durante minha campanha à Prefeitura de Santos, em 2024, ouvi inúmeros relatos de pais indignados com o descaso nas escolas com alunos com deficiência. Faltam acessibilidade, estrutura, formação adequada e apoio a professores e mediadores. Muitas vezes, a “inclusão” se resume a deixar a criança na sala, sem suporte algum.
Em uma reunião, uma mãe chorou ao relatar que precisou tirar a filha autista da escola por sofrimento. Casos como esse mostram que o que se vive hoje não é inclusão — é exclusão disfarçada.
O governo federal celebra os 10 anos da LBI com discursos, mas ignora que, na prática, mães ainda precisam implorar por direitos básicos. Sem transporte adaptado funcional, sem regulamentação completa da lei, reina o improviso e, com ele, a injustiça.
Incluir de verdade exige planejamento, investimento e respeito. Fingir que está tudo bem é a forma mais cruel de exclusão. A LBI precisa ser cumprida — não só lembrada em datas comemorativas.
Fonte: Rosana Valle
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