A administradora Jennifer de Oliveira, de 31 anos, teve queimaduras na perna e no pé, após os tentáculos da caravela-portuguesa se enrolarem ao corpo dela, em Praia Grande, na baixada Santista.
A caravela-portuguesa (Physalia physalis), ou barco-de-guerra-português, possui tentáculos cheios de células urticantes. Apesar de parecer um animal, ela é, na realidade, uma colônia composta por muitos animais inter-relacionados (pólipos).
Jennifer tem o costume de ir à praia, no bairro Vila Tupi, durante a noite acompanhada do irmão de 9 anos e de um primo, de 12. Ela conta que a caravela encostou no corpo dela e, na sequência, foi para o fundo do mar. Após sentir a ardência na perna, correu para pedir ajuda.
A vítima foi socorrida por comerciantes próximos do local, que jogou vinagre na região que ficou queimada e a Polícia Militar (PM) também ajudou, acalmando as crianças.
Enquanto Jennifer era socorrida, a mãe dela chegou para buscá-la e colocou mais vinagre. Ficou bem vermelho, mas parou de doer. Não me deu nada grave que precisasse ir ao médico. Ficou bem inchado, mas não tive febre e nem náuseas. Foi o susto e a dor na hora mesmo”.
As regiões queimadas pela caravela-portuguesa ainda estão avermelhadas e coçando, mas não há dor. Depois do susto, ela confessa que se sente aliviada, pois o acidente não ocorreu com as crianças.
“Eu nunca ia imaginar que isso poderia acontecer. Agora eu falo: ‘vamos à praia pela manhã, porque a noite é perigoso e a gente não vê o que tem no mar, ou então vamos ficar na areia’. Eu fico aliviada porque a caravela não pegou no meu irmão ou no meu primo. Só eu sei a dor que passei. Graças a Deus não machucou as crianças, porque dói demais”, finalizou.
Fonte: G1 Santos