O ajudante de pedreiro Marcos Roberto Santana Santos, que foi executado a tiros após uma briga em um bar de São Vicente, na Baixada Santista, estava comemorando o aniversário dele quando foi assassinado. A vítima tinha completado 42 anos dias antes e foi ao bar para celebrar com os amigos.
O crime aconteceu na madrugada de domingo (24). Segundo o boletim de ocorrência, Marcos foi morto por Elionilton Silva Libório. Eles tinham brigado dentro do bar e saído do estabelecimento após a confusão.
Marcos permaneceu na entrada do comércio e foi surpreendido por Elionilton, que retornou ao local armado e atirou no ajudante de pedreiro.
O irmão Erasmo Carlos Santana Santos, de 40 anos contou, que estava em casa quando recebeu uma ligação com a notícia de que o irmão tinha sido baleado, mas acreditava encontrá-lo vivo. Ao chegar no local do crime e ver o corpo do irmão entrou em choque, relembrou.
De acordo com Erasmo Carlos, a família é da Bahia. No entanto, Marcos e outros irmãos se mudaram para a Baixada Santista há pelo menos 20 anos. Segundo o familiar, a mudança de cidade intensificou ainda mais a ligação entre eles. “Me mandava mensagem todo dia de manhã”, disse Erasmo. De acordo com ele, os dois cresceram juntos.
O corpo de Marcos foi transportado para a Bahia nesta terça-feira (26) para ser sepultado na cidade natal dele, Ribeira do Pombal. “Não tive coragem de ir. Só de ver o caixão, eu desmaio”, disse Erasmo, dizendo que irá lutar por Justiça contra o assassino do irmão.
“Quero saber o responsável e quero ver a cara dele”. Ele afirmou que viu imagens de uma discussão de Marcos dentro do bar com uma pessoa que não aparenta ser o assassino. Agora, ele pede investigação por parte da polícia.
Além disso, Erasmo quer recuperar os itens perdidos da vítima, pois diz que apenas a carteira e duas chaves foram entregues à família. Eles buscam o celular, boné e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Marcos.
Erasmo contou que o irmão deixou um legado de alegria, pois era sempre animado. Segundo ele, Marcos era torcedor do São Paulo e estava ansioso pela final da Copa do Brasil, que aconteceu horas após a morte. “Quando vi um monte de gente assistindo o jogo, só vinha ele na cabeça. Era são-paulino roxo”, lamentou Erasmo.
Fonte: G1 Santos