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Motoristas entram em greve e frota do transporte coletivo é reduzida em São Vicente

Imagem: Divulgação

Os motoristas responsáveis pelo transporte coletivo de São Vicente, no litoral de São Paulo, entraram em greve na manhã desta terça-feira (22). Os funcionários da Otrantur, concessionária encarregada de oferecer o serviço, afirmam que não receberam o vale-alimentação e o adiantamento do salário deste mês. Uma liminar da Justiça determinou que, durante os horários de pico, a frota deverá funcionar com 100% de capacidade.

Um motorista da empresa, que preferiu não se identificar, explicou que os profissionais estão em estado de greve há um mês, quando foi realizada uma assembleia com os motoristas, empresa e o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Santos (Sindrod), que representa a categoria.

Na assembleia, ficou acordado que os motoristas receberiam, no dia 20 deste mês, o vale-refeição, além do adiantamento do salário, a cesta básica e a segunda parcela do 13º salário. A reclassificação dos motoristas também estava na pauta de reivindicações. “Estávamos trabalhando em ônibus grande com salário de microonibus”, explicou o funcionário.

Segundo o Sindrod, a empresa conseguiu cumprir parcialmente o acordo. Ela pagou as cestas básicas, a parcela restante do 13º salário e reclassificou os motoristas que trabalham nos ônibus convencionais. No entanto, ainda ficou faltando o vale-refeição e o adiantamento do salário.

Por conta disso, uma nova assembleia foi realizada às 4h desta terça e os motoristas decidiram entrar em greve. Uma liminar da Justiça do Trabalho determinou que, durante os horários de pico, ou seja, das 7h às 9h e das 16h às 19h, 100% da frota deverá funcionar na cidade. No entanto, fora destes horários, os veículos funcionarão com apenas 60% da frota total.

De acordo com o Sindrod, a paralisação parcial só será encerrada quando a empresa pagar os valores devidos ou quando for feita uma reconciliação na Justiça.

Otrantur

A Otrantur informou que os colaboradores entraram em estado de greve constitucionalmente garantido e devidamente aparado pela legislação e autorizada pela justiça trabalhista.

Segundo a empresa, os impactos causados por todos os percalços que foram enfrentados desde o início da operação municipal tem sido devastadores. Primeiro, o fechamento da ponte, depois chuvas e alagamentos e, por fim, a pandemia.

A Otrantur disse que buscou construir uma alternativa para honrar o vale adiantamento e o vale-alimentação, porém, não houve outra fonte de recurso. A empresa afirma que buscou junto a Prefeitura desde novembro a compra antecipada de vale-transporte, porém, o município nada fez para ajudar a não deixar o passageiro sem o transporte.

A Otrantur ainda falou que aguarda a audiência prevista para essa terça-feira, lamentou o fato ocorrido, e disse que reafirma o compromisso de propiciar um transporte de qualidade e eficiente ao vicentino.

Reportagem: G1 Santos