A atriz Bruna Marquezine lançou o seu primeiro filme como protagonista. “Vou nadar até você” estreou nos cinemas no dia 5 de março. O filme tem como cenário diversas cidades do Litoral, entre elas São Vicente. A Ponte Pênsil, especialmente, é a capa do longa.Em “Vou nadar até você”, Bruna é Orphelia, uma fotógrafa e nadadora de 21 anos que decide ir conhecer o pai, nadando de Santos até Ubatuba.A ideia não é mostrar uma maratona aquática de pouco mais de 200 km, a distância levando em conta as orlas dessas duas cidades do litoral paulista. Ela nada sempre que pode, mas pega carona em barco, moto, caminhão, carro e o que mais aparecer no caminho. O que mais importa nessa trajetória é a relação dela com a água.E consigo mesma. Bruna diz que o road movie é como “uma jornada de autoconhecimento”. “Autoconhecimento nunca é fácil, sempre é meio doloroso. A zona de conforto dela foi o mar, ela tentando se descobrir uma jovem mulher… Ela é uma menina um tanto lúdica e corajosa.”
Bruna estava terminando de gravar “I love Paraisópolis”, novela das 19h da Globo que acabou em novembro de 2015, quando aceitou o papel por ser muito diferente dos que lhe eram oferecidos. Ela diz que recebe poucos convites para o cinema: “Eu tive bastante tempo antes de mergulhar na preparação, literalmente.”
Filmado em 2016, o filme só estreia agora, após problemas na captação de verbas para distribuição e finalização. É o primeiro longa de ficção dirigido e roteirizado pelo fotógrafo Klaus Mitteldorf. O paulistano de 66 anos tem carreira mais voltada ao jornalismo e às fotos e documentários de surfe.
Bruna ficou três semanas morando em São Paulo, fazendo aulas de natação no Pacaembu. “Tive que me preparar fisicamente. A Orphelia se sente confortável mais dentro da água do que fora. Eu nunca havia encontrado conforto fazendo exercícios físicos antes.”
Na primeira cena filmada, a personagem sobe na Ponte Pênsil, em São Vicente. Do alto daqueles 16 metros de altura, ela pula no mar e começa sua viagem. O salto foi feito por uma dublê.
“Eu pedi algumas vezes pra pular mas não estava preparada fisicamente pra isso. Recebi alguns ‘nãos’ da equipe. Quando eu desci da ponte parte da equipe estava pálida”, explicou Bruna.
“Eu queria pelo menos dar um salto ‘bombinha’ para sentir o que ela sentia. No roteiro não acontecia nada com ela e acreditei que não aconteceria nada comigo também.”