Itanhaém completa nesta quinta-feira, 22 de abril, 489 anos de fundação. A segunda cidade mais antiga do Brasil encanta turistas e moradores por suas riquezas históricas, culturais e, em especial, pelas belezas naturais. A palavra Itanhaém, em tupi-guarani, significa “pedra que canta”.
Fundada em 22 de abril de 1532, por Martim Afonso de Souza, a cidade possui cerca de 600 quilômetros quadrados de área territorial, localizada no litoral sul do Estado de São Paulo. Dessa área, quase 300 quilômetros quadrados são de área de Mata Atlântica ainda preservada.
Possui 26 quilômetros de belas praias, pequenas enseadas e costões rochosos. É a segunda maior bacia hidrográfica do Estado de São Paulo, com mais de 2 mil quilômetros de rios, dos quais 180 quilômetros são navegáveis por pequenas e médias embarcações.
Conhecido como a “Amazônia Paulista”, o Rio Itanhaém é formado pelo encontro das águas escuras do Rio Preto com as águas cristalinas do Rio Branco. Um passeio turístico de barco pelo rio encanta os visitantes que podem observar grande variedade de peixes, além da diversidade na fauna e na flora.
Com cerca de 120 mil habitantes, a cidade faz divisa com os municípios de Mongaguá e Peruíbe e, ainda, com São Paulo, São Vicente, Juquitiba e Pedro de Toledo. Na alta temporada, entre os meses de dezembro e fevereiro, chega a receber mais de 400 mil turistas e veranistas.
Centro histórico
Ao visitar o Centro Histórico de Itanhaém, o turista pode escolher um dos roteiros histórico, cultural e religioso da Cidade.
Um dos mais importantes que faz parte do conjunto arquitetônico é o Convento Nossa Senhora da Conceição, localizado no alto do Morro Itaguaçu.
O monumento, tombado como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), se confunde com a história de fundação da antiga Vila Conceição de Itanhaém, e é um registro de parte da história do País.
O Convento, atualmente, está interditado ao público. A Mitra Diocesana de Santos é a responsável pela manutenção e conservação do prédio histórico.
O projeto de restauração completo está sendo elaborado por uma Comissão Multidisciplinar de Restauro, que fez uma visita técnica no local, dia 9 de fevereiro deste ano. Apesar de a restauração do prédio histórico ter sido iniciada em 2019, a obra foi embargada pelo Iphan, por falta de aprovação prévia do projeto.
Igreja Matriz
Outro monumento histórico que vale a pena conhecer é a Igreja Matriz de Sant´Anna, na Praça Narciso de Andrade. A data de início de sua construção corresponde ao período em que Itanhaém tornou-se cabeça de Capitania, entre 1642 e 1679.
A Matriz de Itanhaém possui nos seus altares importantes imagens remanescentes da arte sacra paulista. Também é o local onde são celebradas as tradicionais festas religiosas da Cidade, como a Festa do Divino Espírito Santo e a da Padroeira Nossa Senhora da Conceição.
Tombada como patrimônio histórico pelo Iphan, a igreja já passou por algumas restaurações. O prédio possui paredes feitas de pedra e cal.
Hoje, os madeiramentos na Capela Mor, na Torre e no piso já estão bastante desgastados e precisam ser restaurados. Em frente a Matriz, está a estátua de São José de Anchieta, esculpida pelo artista Luiz Morrone.
Museu
Mais um ponto histórico é a antiga Casa de Câmara e Cadeia. Atualmente, é a sede do Museu Conceição de Itanhaém, na Praça Narciso de Andrade. O prédio também tem origens da época de colonização da antiga Vila.
Nesse período já funcionava ali a cadeia na parte térrea. Reformado em 1829, onde foi construída a parte superior para abrigar a Casa de Câmara e, assim, o prédio ficou conhecido como Casa de Câmara e Cadeia.
O Museu Conceição de Itanhaém é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). Lá os visitantes podem conhecer diversos documentos históricos, fotos e peças que contam um pouco da história do município.
Para visitar o local é cobrada uma taxa de R$ 2,00 ao público em geral e estudantes pagam meia. Funciona de terça-feira a sexta-feira, das 9 às 17 horas e, aos sábados e domingos, das 11 às 17 horas.
Fonte: Diário do Litoral