Milena Glória Cardoso, de 19 anos, que estava com 41 semanas de gestação quando perdeu o bebê, diz que procurou atendimento médico e pediu para que uma cesárea fosse realizada dias antes do óbito da filha. O bebê da grávida de nove meses que foi diagnosticada com toxoplasmose morreu asfixiado, segundo indicou o laudo necroscópico realizado em São Vicente, na baixada santista. A prefeitura afirma que seguiu todos os protocolos adequados ao caso da gestante.
A gestante sem sintomas, foi diagnosticada por meio de um exame de sangue de rotina durante o pré-natal, no 5º mês da gestação. No mês seguinte, a equipe da rede municipal de saúde, segundo ela, não solicitou a repetição do exame para acompanhar a doença.
O especialista explica que a anoxia intra-uterina significa que o bebê ficou sem oxigênio dentro da placenta. Porém, sem acesso ao prontuário médico, não é possível dizer se a causa da morte pode ter sido a toxoplasmose, uma suposta demora no parto ou um terceiro fator desconhecido.
A Secretaria de Saúde de São Vicente (Sesau) informou que, após o óbito, foi realizada uma ultrassonografia, que confirmou o óbito fetal e derrame pericárdico. Porém, a toxoplasmose não costuma gerar este tipo de condição.
Os familiares de Milena registraram um novo boletim de ocorrência, desta vez, com a versão dos parente, alegando descaso e omissão de socorro nas vezes em que a gestante pediu para que a cesárea fosse realizada e não foi atendida.
Fonte: G1 Santos