Carlos Eduardo Gomes é casado com Eliane Silva Marques, que é filha de José Fernando Marques, de 68 anos. O que eles têm em comum além de fazerem parte da mesma família é o amor pela prática de esporte. Os três participam juntos de provas regionais de corrida e colecionam várias medalhas e muitas histórias.
Carlos Eduardo Gomes
O primeiro a começar a treinar foi Carlos, de 47 anos. “Comecei no início da década de 90, época que servi na Base Aérea como uma maneira de manter em forma devido ao quartel”.
A primeira prova que o atleta participou foi a dos 10km dA Tribuna. “Nos últimos anos, comecei a fazer ainda mais questão abaixar o meu tempo na prova, que era 46 minutos, para subir de classe. Fiz em 42 minutos em 2019 e subi para a Elite B, que eu disputaria esse ano. Mas devido a pandemia, não participei dessa prova que foi remarcada para o ano que vem. Graças a Deus eu vou ter o gostinho de saber como é largar entre o melhores”, conclui o atleta.
Ainda no ano passado, o corredor participou dos Jogos Regionais de Osasco, representando a Cidade de São Vicente. “Participei de duas provas, de 10 km e 5 km. Mas lá, como o nível é mais exigente, foi difícil trazer um resultado. O líder fez abaixo de 30 minutos o que eu faço 42. Mas trouxe muitas experiências de lá”, relembra.
Carlos também conta com carinho o quinto lugar no Aniversário de Itanhaém. “Além de ter tido um bom resultado, tive o prazer de ficar na mesma colocação do meu sogro, seo José, que também ficou em quinto na sua categoria”, conta.
José Fernando Marques
O amor pelo esporte fortaleceu os laços da família, que corre sempre unida e com saúde. José conta que o benefício do esporte para a saúde dele foi fundamental. “A pessoa que pratica esporte sempre tem uma vida melhor do que aquele que não pratica, que tem risco de ficar sedentário, obeso. E eu sempre me senti muito bem quando corria”.
Hoje aos 68 anos, José começou no esporte em 2005, aos 53. “Comecei tarde porque trabalho desde os 11 anos. Vim do Nordeste para São Vicente em 1975 e continuei trabalhando muito. Não tinha tempo para praticar esporte. Fui trabalhar em uma empresa de container que incentivava financeiramente os funcionários a praticarem esportes”, conta.
Ele também se aventurou no biatlon (corrida e natação) e no mesmo ano já conquistou o quarto lugar municipal. “Deixei de fazer porque depois de uns três anos, deixou de existir. Depois, foquei na corrida e participei de meia-maratonas de 5, 10 e 21 km”.
Ele brinca que a filha, Eliane, de 36 anos, não tinha muito contato com a corrida. “Ela não corria daqui até ali já estava cansada. Eu e o marido dela e a incentivamos e hoje ela corre os 10 km sossegada”.
Eliane Silva Marques
Eliane Silva Marques foi a última da família a correr. Isso porque ela conta que há muitos anos já caminhava bastante para ir e voltar ao trabalho, mas nunca foi adepta à corrida. “Meu pai e meu marido começaram a me incentivar e me convencer. De início não quis, pois doía o joelho, não era minha praia. Incentivava os dois, estava presente nas provas e treinos: sempre andando, nunca corria”.
Foi então que o Carlos resolveu montar um grupo de corrida no WhatsApp chamado RunFamília 10k com a esposa, o sogro e alguns os amigos e amigas que são adeptos ao esporte. “Através dessas amigas que eu comecei a me interessar um pouco mais pela corrida”.
“A minha primeira prova foi a do Dia do Desafio. Correndo, foi a dos 10km dA Tribuna. Quando cruzei a linha de chegada foi uma emoção muito grande. E depois, quando você recebe a primeira medalha, mais ainda. Pois, independentemente de chegar em primeiro ou em último, você se sente um vitorioso. Ganhei motivação para participar de outras provas e, de fato, correr – e não mais caminhar”.
Mais recentemente, eles formaram a equipe que começou pelo WhatsApp. Eliane conta que o grupo foi muito importante para aumentar ainda mais a motivação que sempre existiu dentro de casa. “É como se fosse uma família: Quando um não está bem, os outros incentivam; retornar para ajudar aqueles que ficaram para trás. Fizemos nossa camisa e uma vaquinha para comprar uma tenda que hoje serve até como ‘desculpa’ para unir e criar novas amizades com atletas de outras equipes”.
Hoje, o trio de corredores almeja aumentar ainda mais os resultado. “Depois de um ano de equipe, descobrimos o professor Cleverton, que é ultramaratonista e dá aula na praia três vezes por semana e graças aos treinos começamos a evoluir ainda mais e melhorar muito o nosso tempo”, contam.