O GBMar (Grupamento de Bombeiros Marítimo) fez, nesta quinta-feira, 21, um alerta em que pede aos banhistas que se atentem para a aparição de águas-vivas tóxicas nas praias.
O alerta se deu após duas aparições da caravelas-portuguesas (physalia physalis), organismo tóxico similar à uma água-viva, na praia de Itararé, em São Vicente, na manhã desta quarta-feira, 20, e na tarde do mesmo dia no canal 3, em Santos.
A espécie tem uma cor roxa exótica, o que pode levar as pessoas, sobretudo crianças, a tocá-la, este também é um dos perigos. O GBMar, responsável pela proteção à vida em afogamentos e pela prevenção de outros incidentes no mar em toda a costa paulista, esclareceu que a caravela-portuguesa oferece “grande risco”, pois pode causar queimaduras de até 3° grau.
Normalmente, a espécie possui tentáculos que vão de 10m até 20cm. Os tentáculos liberam uma substância extremamente urticante, isso faz com que a dor no contato com o organismo seja lancinante. Outros sintomas comuns do contato com a espécie são cãibras e vômitos. O contato também pode provocar aceleração dos batimentos cardíacos.
“Caso seja tocado por este animal e senta ardência na região, evite jogar água no ferimento, ou mesmo esfregar a mão e, se possível, aplicar vinagre na região afetada, até conseguir um atendimento médico, se necessário”, orientou o órgão.
Em termos técnicos e mais precisos, a espécie encontrada nas areias de São Vicente não é exatamente uma água viva e sim sua parente. Ambas são da família dos cnidários.
O órgão também esclareceu que as correntes marítimas do período de verão favorecem o aparecimento do organismo nas praias da Baixada Santista. Efetivamente, o aparecimento das caravelas-portuguesas é relativamente normal na costa do litoral paulista e se intensifica no verão, por conta da correnteza marítima afetada por um fenômeno de massa de água chamado Água Central do Atlântico Sul (ACAS).
Colonias gigantes, com mais de mil caravelas-portuguesas não são incomuns. Assim, quando alguns organismos aparecem nas areias, a luz amarela acende, pois pode haver muitos mais no mar, próximo à praia. Com a aparição relativamente comum, quem tiver optado por ir à praia apesar da pandemia, devem também redobrar os cuidados ao permanecerem na orla e ao adentrarem no mar.