Início Baixada Santista Proteção garantida às mulheres vítimas de violência

Proteção garantida às mulheres vítimas de violência

Após 17 anos de casada, L. G. decidiu por um ponto final ao ciclo de violência. O ciúme obsessivo do companheiro e as constantes ameaças à família levaram a dona de casa a procurar proteção. Ela é uma das 93 mulheres assistidas atualmente pela Patrulha Guardiã Maria da Penha de Guarujá. O grupamento da Guarda Civil Municipal (GCM) atua na fiscalização e prevenção a todas as formas de violência doméstica contra a mulher e já atendeu mais de 200 casos encaminhados pelo Ministério Público.

Só nos dois primeiros meses do ano foram encaminhados 33 novos casos. A iniciativa foi instituída pelo Decreto Municipal nº 13.045/2019 e visa à proteção de mulheres em situação de violência, por meio da atuação preventiva e comunitária da GCM-um trabalho articulado com a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social (Sedeas), Ministério Público do Estado de São Paulo e Delegacia de Defesa da Mulher.

Os guardas-civis atuam mediante a identificação e seleção de casos pelo Ministério Público. A equipe composta por seis GCMs, entre eles três mulheres, realiza visitas e rondas preventivas, a fim de monitorar o cumprimento das medidas protetivas. O objetivo é combater a violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial contra as mulheres, conforme legislação vigente, além da responsabilização dos autores de violência contra a mulher.

Durante as visitas, os guardas municipais verificam se a mulher e seus dependentes necessitam também de atendimento médico e psicológico, e os encaminham para a rede socioassistencial do Município. Esse apoio é importante para que a vítima consiga superar os traumas e recomeçar.

Para L. G. o apoio da patrulha foi fundamental. “Eu como mãe estava preocupada com os meus filhos e de repente encontrei uma equipe que estava preocupada comigo. Essa acolhida mudou a minha história”, afirmou a assistida.

As equipes estão em constante treinamento e intercâmbio, tanto com a Promotoria de Justiça especializada em gênero e enfrentamento à violência contra a mulher, quanto junto às guardas municipais de outras cidades. 

Em levantamento recente foi constatado que a violência física e psicológica são as mais frequentes, além disso, dos 222 casos, 43% são mulheres pardas, 42% branca e 4% negra.

Fonte: Diário do Litoral