Início Notícias Lula diz: Bolsonaro não sabe cuidar do país

Lula diz: Bolsonaro não sabe cuidar do país

Foto: ilustrativa

“Este país não tem governo, este país não cuida da economia, não cuida do emprego, não cuida do salário, não cuida da saúde, não cuida do meio ambiente, não cuida da educação, não cuida do jovem, não cuida da menina da periferia”, afirmou Lula (PT) em crítica ao presidente Jair Bolsonaro.

Em seu discurso após ter as condenações anuladas pelo ministro do STF Edson Fachin, Lula marcou outros pontos de distanciamento em relação ao presidente.

Além de defender a vacinação, Lula afirmou mais de uma vez que a Terra é redonda e que respeita a ciência e o SUS.

Lula também disse que as armas devem ser direcionadas às polícias e às Forças Armadas, e não para a sociedade, como defende Bolsonaro.

O petista fez questão de acenar a líderes mundiais que o apoiam, em oposição ao isolamento de Bolsonaro. Lula citou Pepe Mujica, papa Francisco e Alberto Fernandéz.

O ex-presidente também elogiou jornalistas. Afirmou que a liberdade de imprensa é um pilar da democracia.

VACINAÇÃO

O ex-presidente Lula (PT), 75, disse que pretende se vacinar na próxima semana, com qualquer vacina que tenha à disposição.

“Não siga nenhuma decisão imbecil do presidente da República e do ministro da Saúde, tome vacina”, afirmou.

Lula disse ainda que as fake news elegeram o presidente Jair Bolsonaro. “Esse país não tem governo”, disse o petista.

MENTIRA JURÍDICA

Lula também afirmou que foi vítima da “maior mentira jurídica contada em 500 anos de história” do Brasil. Comparando-se a um escravizado que sofre chibatadas e só escaparia da tortura se pedisse desculpas ao “dono”, o petista disse que não está magoado com os julgamentos transcorridos até aqui, apesar de, na sua visão, ter razão para mágoa.

Lula lembrou o momento em que, em abril de 2018, deixou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, noa ABC paulista, de onde discursa agora, para se entregar à Polícia Federal (PF) após a determinação de sua prisão. “Fui contra minha vontade, porque sabia que estavam prendendo um inocente. Tomei a decisão de me entregar porque não seria correto aparecer na capa de jornais como fugitivo. Tomei a decisão de provar minha inocência dentro da sede da PF, perto do juiz Moro”, relatou.

O ex-presidente sustentou que, por consciência do que acontecia no Brasil, tinha certeza, mesmo ao se entregar, que chegaria o dia em que ele provaria sua inocência. “A quadrilha de procuradores e o Moro entendiam que a forma de me pegar era me colocar na Lava Jato”, disse o petista. “Ontem, a verdade prevaleceu, dita pelo ministro Gilmar Mendes, pelo Ricardo Lewandowski e até pela Cármen Lúcia”, comentou, em referência à retomada do julgamento do habeas corpus em que sua defesa pede a suspeição do ex-juiz federal.

Apesar de celebrar a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgá-lo nos processos da Lava Jato, Lula garantiu que continuará brigando na Corte para que Moro seja considerado suspeito.

Com a sessão desta terça-feira, o placar na Segunda Turma do STF está empatado em 2 a 2, mas há expectativa de que a ministra Cármen Lúcia, que votou contra o pedido da defesa do petista no início do julgamento, em 2018, mude seu posicionamento quando se manifestar novamente. O julgamento foi suspenso após pedido de vistas (mais tempo para análise) feito pelo ministro Kassio Nunes Marques.

“Moro não tem direito de se tornar o maior mentiroso do Brasil e ser considerado herói”, emendou o ex-presidente.

Fonte: Diário do Litoral