O presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços em diversas capitais pelo país durante seu pronunciamento em rede nacional na TV na noite de terça-feira (23).
Ele decidiu falar publicamente a respeito do enfrentamento ao coronavírus, em um momento em que a pandemia se aproxima da marca de 300 mil mortes no país. O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tomou posse nesta terça, em substituição ao general Eduardo Pazuello.
Em São Paulo, houve panelaço em bairros como Santa Cecília e Higienópolis (região central), Perdizes (zona oeste), Saúde (zona sul) e Tatuapé (zona leste).
Em Santana (zona norte), houve gritos de “assassino” e, no Ipiranga (zona sul), de “genocida”.
Houve também panelaço na Asa Norte, em Brasília, em Laranjeiras, no Rio, no Recife, em Curitiba, em Belo Horizonte e em Salvador. Moradores também protestaram acendendo e apagando luzes em apartamentos.
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No estado de São Paulo, também houve registros em Osasco e em Ribeirão Preto. O presidente tem sido alvo desse tipo de protesto, convocados por redes sociais, desde o início da crise sanitária, há um ano. Neste ano, opositores de Bolsonaro também têm promovido carreatas pelo país para pedir o afastamento dele da Presidência.
Pesquisa do Datafolha feita entre os dias 15 e 16 apontou uma alta na rejeição ao trabalho de Bolsonaro na gestão da pandemia. Consideram o trabalho do presidente ruim ou péssimo 54% dos entrevistados, ante 22% que o classificam como bom ou ótimo.
Já avaliação do governo é considerada ruim ou péssima por 44% dos entrevistados. Mas outros 30% entendem que o presidente faz um trabalho ótimo ou bom. Para 24%, a avaliação é regular.
Fonte: Diário do Llitoral