O presidente Jair Bolsonaro informou, na noite desta sexta-feira, 16, que vai passar por nova cirurgia para corrigir uma hérnia. Trata-se da sétima operação de Bolsonaro após a facada que ele sofreu em setembro de 2018, durante a campanha eleitoral. A confirmação de que o presidente terá de ser mais uma vez internado ocorreu durante conversa com apoiadores, na entrada do Palácio da Alvorada.
“É verdade que o senhor vai passar por uma nova cirurgia?”, perguntou um eleitor bolsonarista. “Está muito curioso, hein, cara?” respondeu Bolsonaro. “Eu estou ficando muito barrigudo aqui. Acho que vai ser lipoaspiração. Pega mal, né? Botox. É ou não é? Pega mal”, afirmou, rindo. Foi então que ele admitiu a necessidade de nova intervenção. “Talvez, neste ano, mais umazinha aí. Mas é tranquilo, hérnia. Eu tenho uma tela aqui na frente, está saindo o bucho pelo lado. Então, tenho que botar uma tela do lado também”, comentou. O Estadão apurou que o presidente fará o procedimento neste ano porque em 2022 quer se dedicar à campanha da reeleição.
Após sofrer uma facada de Adélio Bispo, Bolsonaro passou por uma cirurgia em Juiz de Fora (MG), onde estava fazendo campanha para a Presidência. Quarenta e oito horas depois, ele teve de ser submetido a uma operação para reconstrução do trânsito intestinal. Há quase dois anos, o presidente também retirou uma hérnia que se formou na cicatriz da cirurgia no intestino. Em setembro do ano passado, removeu um cálculo na bexiga.
Na conversa com apoiadores, Bolsonaro repetiu que será o último a tomar a vacina contra covid-19. Aos 66 anos, o presidente já poderia ter sido vacinado há 15 dias, sem furar fila. A imunização de idosos nesta faixa etária, no Distrito Federal, começou no último dia 3, chegou a ser suspensa 48 horas depois, por falta de doses, mas foi retomada.
“Deixa as pessoas tomarem na minha frente. Eu vou vacinar, mas por último”, disse Bolsonaro. “Tem muita gente apavorada, aguardando a vacina. Tem gente que não sai de casa”, emendou o presidente, que é crítico de medidas de isolamento social para conter a disseminação do coronavírus.
Fonte: Diário do Litoral