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Hospital não tem material e Bebês aguardam meses por cirurgias em Praia Grande, SP

Divulgação

Três mães de Praia Grande, na baixada santista, relatam indignação por verem seus filhos terem que esperar meses por cirurgias. Os bebês estão entubados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), aguardando pelas cirurgias, para que possam voltar a respirar sem a ajuda de aparelhos. A direção do hospital afirma que os materiais já foram solicitados.

A dona de casa, de 36 anos, está no Hospital Irmã Dulce há um mês, com o filho, de 1 ano, que possui paralisia cerebral e síndrome de West, uma forma grave de epilepsia. Ele foi internado após chegar ao hospital com sintomas de uma infecção no sangue, porém, a unidade relatou à mãe que a criança estava com pneumonia, e que precisaria ser intubada na UTI.

A autônoma, de 27 anos, é mãe do bebê, que está internado desde o nascimento, em abril. De acordo com a mãe, ele nasceu com um problema de má formação nos braços, e precisava realizar uma cirurgia para corrigir o problema. Porém, no hospital, ele deveria tomar uma medicação por seis meses seguidos, o que, segundo a autônoma, não aconteceu. Ele desenvolveu uma trombose e sofreu um derrame, precisando ser intubado.

A bebê de três meses está internada desde o nascimento, por ter nascido com oxigênio no cérebro, em Itanhaém, no litoral de São Paulo. No dia 14 de julho, ela conseguiu uma vaga para ser tratada no Irmã Dulce, onde está internada desde então, aguardando a cirurgia que a ajudará em sua recuperação.

Após ficarem muito tempo entubados, eles precisam realizar dois procedimentos, uma traqueostomia, cirurgia na qual é feita uma abertura na parede da traqueia, para ajudar o paciente a respirar; e uma gastrostomia, que permite a alimentação por meio de uma sonda. O hospital afirma que não possui o material necessário para realizar a gastrostomia, e que os dois procedimentos precisam ser realizados juntos. Elas chegaram a solicitar que o hospital transferisse as crianças para uma unidade que possua o material para realizar as cirurgias, porém, a solicitação foi negada.

As mães procuraram o Ministério Público para tentar uma liminar na Justiça, mas ainda estão realizando a solicitação.

Fonte: G1 Santos