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Pastores são presos acusados de usar igrejas para lavar dinheiro do tráfico

Foto: Arquivo Pessoal

Um casal de pastores foram presos em uma operação policial na terça-feira (14), em Sorocaba, interior de São Paulo, suspeitos de usar sete igrejas fundadas por eles denominadas Assembleia de Deus para lavar dinheiro do tráfico. As igrejas serviam de lavanderia para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O esquema movimentou ao menos R$ 23 milhões nos últimos anos.  

A Operação Plata foi desencadeada em conjunto pelos Ministérios Públicos de São Paulo e do Rio Grande do Norte e pelas Polícias Civis dos dois Estados. Foram cumpridos sete mandados de prisão e 43 mandados de busca. Geraldo dos Santos Filho, de 47 anos, que se identificava como Pastor Júnior, e sua mulher, Thaís Cristina de Araujo Soares, de 42, que se dizia pastora, foram presos em um condomínio fechado de Sorocaba. Eles são suspeitos de terem usado a renda com a lavagem de dinheiro do tráfico para a compra de fazendas com gado, imóveis urbanos e automóveis.

De acordo com a polícia, Geraldo já havia sido preso em 2019, suspeito de tráfico de drogas. Os policiais fizeram buscas também em condomínios de Itu e Araçoiaba da Serra e na sede da igreja, em Sorocaba. Foram apreendidos celulares e documentos para investigações. Endereços em outros Estados também foram vasculhados, com a apreensão de armas.

O esquema era liderado por Valdeci Alves dos Santos, também conhecido como Colorido, irmão de Geraldo. Valdeci seria o elo de ligação entre o PCC e o esquema de lavagem de dinheiro das drogas. Por conta disso, ele foi condenado pela Justiça de São Paulo e cumpre pena, atualmente, na Penitenciária Federal de Brasília, onde foi alvo, nesta terça, de novo mandado de prisão.

Fonte: Terra